São dias conturbados aqueles que se vivem na industria cinematográfica, com filmes a acumularem-se na “prateleira” à espera de melhores dias na salas de cinema, a Netflix, a Amazon Prime e a HBO max têm sido os grandes municiadores de filmes nesta altura, projectam-se portanto os Óscares mais atípicos de sempre até porque numa situação normal estariam a decorrer por estes dias, e foram pelo menos para já, adiados para Abril, ainda sobre uma espécie de cortina de fumo acerca dos nomeados aqui vão duas apostas pessoais do Espelho Distópico, começando por ‘Sound of Metal’. A história de ‘Sound of Metal’ é minimalista mas interessante em simultâneo, um baterista de uma banda de Metal (Ruben/Riz Ahmed) de que a vocalista é em simultâneo a sua namorada (Lou/Olivia Cooke), começa a perder audição a uma velocidade preocupante até deixar de ouvir por completo o que para um músico é particularmente dramático. Ora, simular a perda de audição num filme é um verdadeiro desafio cinematográfico, desafio esse que foi superado de forma incrível em ‘Sound of Metal’. O filme consegue de maneira bastante coesa passar para o espectador as aflitivas sensações desta invulgar ocorrência. Riz Ahmed que já tinha brilhado no fantástico ‘Four Lions’ conduz este complicadíssimo papel de maneira soberba oferecendo uma credibilidade determinante para o sucesso do filme.
7/10
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