quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Eternals (2021)

Esteve cerca de um ano na “gaveta” decorrência da pandemia e foi a grande aposta da Marvel Studios/Disney/MCU para o final de 2021, falo como já se percebeu de ‘Eternals’, e primeira impressão que fica do filme é que é mais do mesmo. É verdade que não sendo eu um expert de BD’s da Marvel tenho um razoável conhecimento geral do seu “Universo”, no entanto esse conhecimento não inclui os “Eternos”, todavia após alguma pesquisa percebi que este supergrupo nunca teve uma grande preponderância em termos de BD’s pelo menos comparado com outras personagens icónicas da Marvel, portanto a minha falha está longe de ser exclusiva. Pelo que consegui perceber a história de ‘Eternals’ até está razoavelmente bem adaptada, ela começa quando os Celestiais (uma espécie de gigantes de aspecto artificial que são reconhecidos como deuses da criação), em particular Ashirem cria um supergrupo de seres imortais e superpoderosos (os Eternos), e os envia para a Terra numa altura prévia ao aparecimento das civilizações mais antigas, com o objectivo de extinguir os Deviantes (seres monstruosos que tem como propósito eliminar os Eternos). Os Eternos estão autorizados a conviver com a raça humana desde que nunca interferiram com as suas acções. Reforçando a ideia que a adaptação até me pareceu verossímil e que as sequências de acção têm uma qualidade aceitável o grande calcanhar de Aquiles de ‘Eternals’ são as péssimas personagens e suas respectivas interpretações. Nem Richard Madden (Ikaris), Angelina Jolie (Thena) ou Salma Hayek (Ajak) conseguem salvar o paupérrimo texto escrito para cada um dos dez Eternos, personagens completamente ocas, entediantes, apáticas e dispensáveis que em nenhum momento apresentam qualquer ponta de carisma. É inacreditável como Chloé Zhao não consegue oferecer um mínimo de densidade ou profundidade a qualquer uma das personagens durante as 2 horas e 36 minutos de duração de ‘Eternals’. 

5/10

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