É a estreia como realizador de Lin-Manuel Miranda (o famoso “Alvie” da versão presidiária de House M. D.) e garantiu desde logo a nomeação de Andrew Garfield para o Óscar de melhor actor principal, falo de ‘tick, tick...BOOM!’. Numa espécie hibrida entre musical e filme biográfico ‘tick, tick...BOOM!’ centra-se na curta vida de Jonathan Larson, um icónico escritor e compositor de musicais de teatro que a dias de fazer trinta anos não hesita em fazer uma perspectiva da sua vida tentando dessa forma perceber quais as razões para os seus sonhos teimarem em não se realizarem. Se a temática do filme pede de facto um musical (um género que continua a não me cativar em particular) já é mais difícil de compreender esta persistência Hollywoodesca em filmes biográficos, não tenho dúvidas que a vida de Larson facilmente poderia ser homenageada num documentário, mas não tem de todo conteúdo ou dimensão suficiente para um filme. ‘tick, tick...BOOM!’ vai gradualmente ficando desinteressante com o desenrolar do argumento, numa sequência de dramas comuns já exaustivamente explorados e aplicáveis a inúmeros jovens Nova-iorquinos na década de 90. O grande ex-libris de ‘tick, tick...BOOM!’ é sem dúvida a fantástica interpretação de Garfield como protagonista em contraciclo com as prestações de grande parte dos restantes actores do filme, arruinadas de uma maneira geral pelo excesso de teatralidade aliada a uma fraca credibilidade.
6.5/10
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