Iniciamos 2023 com o foco apontado ao cinema começando por ‘Black Adam’, uma estirpe de ‘Shazam’ no formato de anti-herói e uma das últimas respostas da DC à chamada fase 4 da MCU. Só mesmo no cinema Norte-Americano é que seria viável um sujeito como Dwayne Johnson (a.k.a. The Rock) se transformar numa espécie de superstar dos blockbusters. À celebre frase “ele até não é mau actor” eu respondo com um “eu tenho muitas dificuldades em considera-lo como sendo um actor”, aliás ‘Black Adam’ até pode ser o filme ideal para se perceberem as diferenças entre um actor e um não-actor pois Dwayne Johnson contracena com Pierce Brosnan (esse sim um actor na verdadeira ascensão da palavra). Dito isto ‘Black Adam’ não é de todo um filme medíocre, aliás até fiquei um pouco surpreendido com as várias críticas negativas ao filme. “Ah e tal é só CGI”, “o filme não tem argumento nenhum” e “filmes de super-heróis já enjoam” além de não terem nada de construtivo são tão aplicáveis a ‘Black Adam’ como a dezenas de filmes dos últimos anos. Na minha opinião ‘Black Adam’ tem pontos muito positivos, desde logo a ideia de descartar por completo uma espécie de humor ridículo, fácil e infantil quase sempre presente neste tipo de filmes, a escolha do “não-actor” Dwayne Johnson como protagonista também se veio a revelar acertada pois o que se pedia era músculo, sentido de humor nulo e frases curtas. Uma última nota para a subtil ainda que não menos interessante abordagem aos temas da escravidão e da opressão, oferecendo uma densidade pouco habitual neste género de filmes.
6.5/10
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