sábado, 29 de abril de 2023

Tár (2022)

Parece à primeira vista um filme biográfico, todavia a personagem Lydia Tár/Cate Blanchett é inteiramente ficcional. O nome não deixa qualquer margem para equívoco, ‘Tár’ foca-se integralmente na personagem Lydia Tár, uma maestra com uma carreira verdadeiramente invejável (descrita ao pormenor nos instante iniciais do filme) culminando com a direcção da conceituadíssima Orquestra Filarmónica de Berlin, num universo maioritariamente dominado pelos homens Tár é uma espécie de predestinada intocável. Contudo enquanto Lydia se prepara para lançar a sua biografia ao mesmo tempo que ensaia uma gravação ao vivo da quinta sinfonia de Gustav Mahler a sua vida pessoal vai-se desagregando com os inerentes custos para a sua realidade profissional. O grande destaque de ‘Tár’ vai obviamente para a fantástica performance de Cate Blanchett como Lydia Tár, mais uma vez Blanchett mostra todo o seu talento como actriz com uma facilidade e simplicidade incríveis. Por outro lado tenho de mencionar o que é para mim a grande falha de ‘Tár’, o seu argumento, mais especificamente o foco do mesmo, pois parece-me que seria muito mais interessante abordar a vida de ‘Tár’ explorando a sua natural aptidão para conduzir orquestras de musica clássica em vez dos seus banais e entediantes dramas pessoais muito similares a tantas outras mulheres em cargos de relevo. 

7/10

[Sample]

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