Faz hoje precisamente uma semana que os Moonspell, a mais reconhecida e bem-sucedida banda portuguesa de Metal de sempre lançou o seu 12º álbum de originais ‘Hermitage’. ‘Hermitage’ é provavelmente um dos primeiros álbuns onde são claramente evidentes os efeitos da pandemia que todos estamos a passar, desde logo no tema escolhido mas também no seu ambiente introspectivo e melancólico. Se existe banda que, apesar da sua sólida e longa carreira não tem medo de arriscar são sem dúvida os Moonspell e se isso é notório em ‘1755’, ‘Hermitage’ comprova mais uma vez a sua capacidade camaleónica, desta vez a banda aproxima o seu característico Dark Gothic Metal ao Rock Progressivo. Se em termos de ambiente e produção ‘Hermitage’ cumpre os seus objectivos já em termos de composição musical a tarefa parece-me que ficou aquém do esperado, a capacidade técnica de Ricardo Amorim é inquestionável no entanto dificilmente pode ser acompanhada pelo resto da banda numa arriscada incursão a um Progressivo ao jeito de Porcupine Tree ou Riverside. Mantendo a coerência, se critiquei na altura a “estagnação” musical evidenciada em ‘Extinct’ tenho de exultar agora o mérito dos Moonspell em enveredar novamente pelo experimentalismo no entanto, ao contrário do que por exemplo exibiram os Katatonia em ‘City Burials’, o Rock Progressivo não será porventura a melhor direcção para a banda exponenciar as suas melhores qualidades. Destaco ‘Common Prayers’, ‘Apophthegmata’ e o tema título ‘Hermitage’ como as faixas mais consistentes do álbum.
6/10
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