Outro dos filmes a marcar presença nos Óscares com um total de seis nomeações é ‘The Father’. Engane-se quem pensa que o argumento minimalista de ‘The Father’ condiciona de algum modo a sua qualidade, a história do filme centra-se em exclusivo em Anthony/Anthony Hopkins um homem que em plena velhice debate-se com a terrível doença mental vulgarmente denominada de demência. Como já realcei, a grande virtude do filme não passa tanto pela densidade da sua história mas sim pena maneira como esta é contada e pelo virtuosismo dos seus protagonistas. O filme que conta também com a excelência da interpretação de Olivia Colman no papel de Anne (filha de Anthony) é essencialmente carregado pela magistral e irrepreensível prestação de Hopkins no papel de Anthony, sem dúvida a sua melhor interpretação desde o lendário papel de Dr. Hannibal Lecter no intemporal ‘The Silence of the Lambs’, um papel com um nível de dificuldade altíssimo que lhe garante desde já que será quase impossível não receber o Óscar da respectiva categoria, para grande infelicidade do sensacional Gary Oldman. ‘The Father’ oferece também uma formidável realização e uma extraordinária edição, aspectos que contribuem de maneira decisiva para os espectadores conseguirem “sentir” o quão perturbador e aterrorizante pode ser esta angustiante doença de uma forma quase tridimensional.
8/10
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