À célebre pergunta: se uma banda deve arriscar “evoluir” as suas sonoridades ao longo da sua carreira ou deve manter-se fiel a uma fórmula vencedora? Há uma tendência para a maioria das respostas serem permanentes e imóveis, no entanto na minha opinião a chamada área cinzenta é óbvia, portanto a resposta mais acertada depende muito da situação específica. O caso dos lendários Suecos Meshuggah é um excelente exemplo disso mesmo, depois de uma fantástica evolução sonora onde um estranho e ultra técnico Thrash Metal agregado a uma exclusiva abordagem ao Progressivo modernizado com Djent deu origem ao chamado Math Metal, um subgénero de qual os Meshuggah podiam perfeitamente reclamar a patente tal não é o seu ímpar domínio da complexidade técnica do mesmo. Ora se os Meshuggah tiveram a capacidade para descobrir este próspero filão sonoro, que sentido faria agora mudar a sua vertente musical para algo diferente?! Coincidentemente ou nem por isso, o seu novo trabalho de originais tem precisamente o título de ‘Immutable’. Após uma longa espera de seis anos desde o extraordinário ‘The Violent Sleep Of Reason’ a banda está de volta com uma nova tremenda e sólida parede sonora pautada como é hábito pela superlativa solidez, os poliritmos hipnóticos e uma impetuosidade quase desumana. Um destaque para as faixas ‘Ligature Marks’, ‘I Am That Thirst’ e em particular para o sensacional single ‘Light The Shortening Fuse’.
8/10
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