Apesar de uma clara mudança de estratégia assente numa recente aposta em séries, a parceria entre a MCU e a Disney não se extinguiu em termos cinematográficos e chamada fase quatro aí está com ‘Spider-Man: No Way Home’. Se ‘Spider-Man: Homecoming’ e ‘Spider-Man: Far from Home’ foram a meu ver bastante emblemáticos do nível de mediocridade a que o cinema chegou o que dizer de ‘Spider-Man: No Way Home’?! Tenho poucas dúvidas em afirmar que a qualidade subiu em relação aos seus antecessores mas continuo bastante longe de compreender o fantástico feedback que, de uma maneira geral o filme tem recebido. Apesar das razoáveis sequências de acção, ‘Spider-Man: No Way Home’ continua a ter uma fraca estrutura assente numa premissa errática e pouco consistente, o multiverso. O multiverso da Marvel não funciona tal como é apresentado no filme, ou seja, apensas como uma conveniência para repiscar Tobey Maguire e Andrew Garfield dos anteriores franchises do aracnídeo e seus respectivos e icónicos vilões (como se por algum desconhecido motivo não existissem novos vilões por explorar), aliás o tema multiverso já tinha sido abordado no formidável filme de animação ‘Spider-Man: Into the Spider-Verse’ mas dessa feita de uma forma legítima e coesa. Não vou mais uma vez esmiuçar os erros crónicos deste franchise em particular mas o facto do pressuposto do filme ser desencadeado por um defeituoso feitiço do poderoso Dr. Strange aliado a uma espécie de desculpabilização e responsabilização dos inúmeros acontecimentos provocados pelos mais míticos inimigos do Spider-Man não deixam ‘Spider-Man: No Way Home’ aspirar a ter o mais ínfimo resquício de credibilidade.
5.5/10
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