quinta-feira, 21 de julho de 2022

Uncharted (2022)

É longa a lista de fracassos em filmes adaptados a partir de videojogos, contudo a história de ‘Uncharted’ vaticinava uma excepção. O argumento de ‘Uncharted’ centra-se na história de Nathan Drake/Tom Holland e o seu irmão Sam que ainda em miúdos partilhavam o fascínio pelas viagens de Fernão de Magalhães e a adjacente a lenda do ouro escondido, foi também nessa altura que Sam se viu obrigado a fugir da instituição de acolhimento onde os dois permaneciam com a promessa que voltar a encontrar Nathan no futuro. Anos mais tarde Drake é recrutado por Victor Sullivan/Mark Wahlberg (um pouco confiável caçador de tesouros) com o objectivo de encontrar esse mesmo tesouro perdido abrindo a Drake a possibilidade de poder voltar a ver o seu irmão. ‘Uncharted’ acaba por encaixar no subgénero de Acção/Aventura como uma espécie de Indiana Jones dos tempos modernos, porém sem nenhum do carisma e autenticidade do emblemático herói. ‘Uncharted’ exibe falhas altamente prejudiciais para a qualidade geral do filme, desde logo o péssimo casting onde se tenta fazer passar Tom Holland por um homem de trinta anos até à escolha de Wahlberg como Sully, até onde o casting foi acertado (a escolha de Antonio Banderas para o papel de Santiago Moncada, o suposto vilão de ‘Uncharted’) acabou por se revelar um desastre pois esse vilão é posteriormente substituído pela insípida e pouco credível Jo Braddock/Tati Gabrielle que parece ter saído directamente de um desfile de moda para encarnar a postura de soldado “badass”. ‘Uncharted’ é também prolífico na nova tendência de não explicar acontecimentos que basicamente acontecem entre cenas só porque o argumentista não se dá ao trabalho de os tentar explicar e na completa e ridícula desconsideração pelas leis da física. Usar carros como se fossem uma prancha de surf em queda livre de um avião e levantar barcos piratas com 500 anos em perfeito estado é insultuoso até para um miúdo de 8 anos.   

 5/10

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