Devo confessar que a motivação decisiva que me fez assistir a ‘The Last Duel’ foi ver o nome de Ridley Scott na função de realizador, pois a mina saturação de filmes históricos continua vigorosa e saudável. ‘The Last Duel’ relata-nos literalmente a história do ultimo duelo conhecido ocorrido numa França do século XIV, envolvida numa guerra na icónica Normandia. O filme que começa precisamente com o duelo é todo ele contado em modo flashback sobre três visões diferentes acerca da origem desse mesmo duelo, a do honrado, integro e inculto Sir Jean de Carrouges/Matt Damon, a do seu amigo (que se vai tornando progressivamente seu inimigo) Jacques Le Gris/Adam Driver e da sua esposa Marguerite de Carrouges/Jodie Comer. Ao estilo do ancestral ‘Rashômon’ (1950) a narrativa de ‘The Last Duel’ vai-se reenrolando em torno de cinco ou seis cenas chave, com o respectivo e diferente olhar dos três personagens principais, culminando na cena da violação de Marguerite de Carrouges por parte de Jacques Le Gris sendo que esse acontecimento é crucial para despoletar o histórico duelo. Se em termos de realização ‘The Last Duel’ não apresenta falhas significativas que nem seriam sequer expectáveis dado que essa função ficou a cardo de uma figura incontornável do mundo da realização Norte-Americana, pouco mais se pode considerar auspicioso ou atractivo no filme, um argumento entediante que se torna ainda mais entediante pela maneira como o filme é construído a que se junta uma péssima e incompreensível escolha de actores, todos eles com prestações infelizes e sem o mínimo de credibilidade ou carisma, com a justa excepção a ir para a interpretação de Ben Affleck como Pierre d’Alençon.
6/10
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