quinta-feira, 29 de maio de 2025

Anora (2024)

Ganhou cinco Óscares da Academia e a palma de ouro de Cannes, falo de ‘Anora’, o filme sensação de 2024. A primeira questão que me ocorre é se todo o hype acerca de ‘Anora’ é justificado?! A resposta é um rotundo não. Tal como ‘The Substance’ o hype gerado em torno de ‘Anora’ apenas se compreende pela fraquíssima qualidade da concorrência. Impendentemente do meu gosto pessoal os últimos Óscares de melhor filme têm dado primazia à originalidade, característica que nem se constata neste caso específico, a história de ‘Anora’ não passa de uma espécie de adaptação moderna de ‘Pretty Woman’. Ani/Mikey Madison, uma Stripper/Prostituta é contratada por Ivan/Mark Eydelshteyn (filho de um poderoso oligarca Russo), a paixão entre os dois vai-se intensificado e o que começou por ser um simples “serviço prestado” transforma-se num precipitado casamento. Quem não fica de todo contente com esta notícia são os pais de Ivan que rapidamente se deslocam da Rússia para os Estados Unidos com a vincada intenção de cancelar este casamento. Ora na comparação com o velhinho ‘Pretty Woman’ ‘Anora’ perde em praticamente toda a linha, quer seja pela qualidade das personagens e respectivas interpretações que seja pela falta de objectividade da segunda metade do filme, a certo ponto dá a sensação que nem o próprio Sean Baker/Argumentista e Realizador sabe muito bem que rumo deve dar à parte final do filme. Talvez os esporádicos e disfarçados segmentos cómicos sejam mesmo a única vertente em que ‘Anora’ leva a melhor sobre o clássico de Richard Gere e Julia Roberts.

6.5/10

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