sábado, 31 de março de 2018

Ministry - AmeriKKKant (2018)


Um dos bastiões do Industrial são os Ministry, com uma carreira já longa e com uma mensagem politica sempre presente, aí está o décimo quarto álbum de originais da banda intitulado “AmeriKKKant” com a devida analogia ao “KKK”. De promessa em promessa de qual vai ser o último álbum da banda, chegamos a 2018 e a “AmeriKKKant” e sinceramente ficamos com a sensação que os Ministry se sentiram quase obrigados e lançar este álbum pois é inegável o seu ódio de estimação ao partido Republicano e com a chegada de Trump ao poder impunha-se uma reacção, o que parece é que a música foi relegada para segundo plano. Se mais uma vez é fortíssima a mensagem política de “AmeriKKKant”, já musicalmente é uma decepção, riffs banais e com pouco peso, um Industrial feito à base de remixes de famosas “atoardas” de Donald Trump é pouco, muito pouco para o que a banda já mostrou. A quando da estadia de G. W. Bush no poder, que até “teve direito” a uma trilogia de álbuns por parte da banda, a parte musical foi tratada de forma exemplar (“Rio Grande Blood” e “The Last Sucker”) são mesmo os meus álbuns preferidos dos Ministry) ao contrario do que aconteceu em “From Beer to Eternity” e agora neste “AmeriKKKant”. 

6.5/10

sexta-feira, 30 de março de 2018

Lord Mantis - Nice Teeth Whore [EP] (2016)


O último trabalho até à data dos Lord Mantis é o EP com o curioso título “Nice Teeth Whore” com apenas 4 músicas. A primeira faixa (“SIG Safer”) é simplesmente brilhante, assumidamente Black Metal, parece que estamos a ser convertidos ao Satanismo num complexo ritual de cariz obscuro. Ao contrário de “SIG Safer” as outras faixas estão carregadas de Sludge e descartam quase por completo a vertente de Black Metal, em “Final Division” até se pode constatar algum Doom. “Nice Teeth Whore” não tem a qualidade dos seus anteriores trabalhos é certo, ainda assim continua a mostrar os Lord Mantis como uma banda bastante criativa, independente e provocatória, a deixar-nos com grande espectativa para o seu próximo álbum.

7/10

quinta-feira, 29 de março de 2018

Lord Mantis - Death Mask (2014)


Passado 2 anos os Lord Mantis lançam mais uma verdadeira perversão musical, de seu nome “Death Mask”. “Death Mask” soa ainda mais sujo e pestilento que “Pervertor”, a paradoxal fusão entre Sludge e Black Metal continua a destilar ódio e violência com uma qualidade sublime. Quando ouvimos “Body Choke” e “Deah Mask” ficamos imediatamente viciados nos riffs infernais e carnudos que se passeiam nos nosso ouvidos. “Death Mask” talvez tenha ligeiramente mais vincado o Black Metal do que no seu antecessor “Pervertor”, como se pode reparar com atenção em faixas como “Negative Birth” ou “Tree Crosses”. “Death Mask” é em suma um álbum doentio, ritualístico, sujo e acima de tudo, imperdível. 

8/10

quarta-feira, 28 de março de 2018

Lord Mantis - Pervertor (2012)


A minha mais recente “descoberta” musical, com razoáveis semelhanças aos já aqui “comentados” Dragged Into Sunlight, falo dos Lord Mantis. “Pervertor” remonta já a 2012 e é um excelente exemplo do que os Lord Mantis conseguem fazer, assente numa inesperada e grotesca fusão de veloz Black Metal com um arrastado Sludge, surge um hibrido desgovernado de riffs ultra viciantes e refrescantes deixando desde logo a sensação que os Lord Mantis são uma banda marcante e que não se deixa influenciar por parâmetros pré instituídos ou qualquer tipo de dogmas. “Pervertor” tem uma agressividade estonteante, parece pulsar ódio e repugnância. “Perverter Of The Will”, “Ritual Killer” e “At The Mouth” são faixas obrigatórias para quem admira em particular esta magnifica aberração musical.  

8.5/10

terça-feira, 27 de março de 2018

Erdve - Vaitojimas (2018)


Oriundos da Lituânia os Erdve lançaram no passado dia 9 de Fevereiro o seu primeiro álbum de originais intitulado “Vaitojimas”. Não é fácil de decifrar o estilo dos Erdve, (tal não fosse a parafernália de sub-estilos em que o Metal está mergulhado) uma vocalização marcadamente Hardcore nisso não há dúvida, mas instrumentalmente é mais complicado, um misto de Black Metal, Post- Metal e Sludge será o mais aproximado que se consegue. Ao contrário da maior parte das bandas recentes de Metal os Erdve não tem uma superprodução nem uma brutalidade sem sentido. “Vaitojimas” “acelera” e “desacelera” conforme o pretendido na altura, sempre com uma técnica apurada embebida num ambiente apocalíptico e gélido. Destaco “Prievarta”, “Apverktis” e “Pilnatvé” como sendo as faixas com mais impacto.  

7.5/10