terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Fences (2016)



Com 4 nomeações aparece “Fences”. O filme conta a história de uma família Afro-Americana da classe trabalhadora nos anos 50, assim à partida não parece nada de transcendental e de facto não é, acaba por ser uma história e um argumento bastante simples até. Onde “Fences” se destacou e de que maneira foi na escolha dos actores, no papel secundário temos a já duplamente nomeada pela Academia Viola Davis que arranca mais uma vez uma interpretação digna de mais uma nomeação, um papel nada fácil protagonizado com brilhantismo. O papel principal ficou entregue a Denzel Washington e uma escolha melhor era impossível, Denzel tem em “Fences” provavelmente a melhor interpretação da sua longa carreira, simplesmente soberbo e sendo o filme completamente centrado na sua personagem penso que a sua intrepertação foi um factor decisivo para o sucesso de “Fences”. Denzel Washington mais uma vez a provar que não é por acaso que já tem um Óscar da Academia e porque é que é considerado dos melhores actores da sua geração.

7/10

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Deftones - Gore (2016)



Um dos álbuns mais esperados de 2016 foi com certeza “Gore” dos Deftones. Os Deftones são uma banda mesmo muito particular, nasceram no “núcleo duro” do Nu-Metal mas depressa se demarcaram das demais bandas do género, sendo porventura a banda que mais evoluiu durante o percurso da sua carreira. Desde a inequívoca influência da agressividade e rebeldia dos Rage Against The Machine no marcante álbum inicial “Adrenaline”, os Deftones foram-se reinventado ao longo dos tempos enquanto ao mesmo tempo o Nu-Metal entrava em declínio. Na ressaca de um dos seus melhores álbuns o excelente “Koi No Yokan” os Deftones apresentam “Gore”, se o som actual da banda se pode inserir num Rock Alternativo bastante peculiar, fica a sensação que em “Gore” os Deftones começam a acusar o “peso da idade”, estão amadurecer cada vez mais por assim dizer, Chino cada vez mais troca os “gritos” por um tom muito mais suave e a agressividade instrumental de outrora dá cada vez mais, lugar à sensualidade. Em género de conclusão “Gore” é um álbum que assenta na suavidade característica dos últimos tempos da banda, a revolta do início de carreira dá agora lugar a temas pessoais e sentimentais. “Doomed User” talvez seja a faixa com mais “alma” do álbum.

Por: Arquimedes e Maffyduck

6.5/10

domingo, 29 de janeiro de 2017

Arrival (2016)



Saíram precisamente nesta semana as nomeações para os Óscares da Academia e nem a propósito aqui fica a critica a um dos nomeados para melhor filme (o único que vi anteriormente à divulgação das nomeações curiosamente) falo de “Arrival” que conta com nada mais, nada menos do que 8 nomeações. A ideia inicial de “Arrival” acho que é deveras interessante e original, aborda o conceito que se a raça humana for “contactada” por seres extraterrestres ninguém saberá qual o seu real propósito e por consequência como se iria comunicar com estes seres para tentar descobrir isso mesmo (contrariando o cliché do filmes deste género em que os extraterrestres vem invariavelmente sempre invadir o nosso planeta e dizimar a raça humana por qualquer razão). O filme centra-se portanto em duas personagens (Amy Adams/Louise Banks, Jeremy Renner/Ian Donnelly) especialistas em linguística e ciência e nas suas tentativas de estabelecer contacto com estes seres não terrestres, e se “Arrival” parte de uma ideia inovadora e refrescante e cinematograficamente esta bastante bem conseguido deixa a desejar e muito com a parte final que além de deixar mais dúvidas do que certezas não é objectiva e muito menos lógica. Denis Villeneuve (realizador que aprecio particularmente) poderia e devia ter apresentado um final mais consistente a um filme que tinha tudo para ser excelente. 

6.5/10

sábado, 28 de janeiro de 2017

Jack Reacher: Never Go Back (2016)



Uma verdadeira aberração cinematográfica, falo de “Jack Reacher: Never Go Back”. É penoso fazer uma crítica a este filme mas não tão penoso quanto foi visiona-lo. “Jack Reacher: Never Go Back” é uma sequela do já medíocre “Jack Reacher” de 2012, mas no entanto este mais recente abre portas a um novo nível de cinema de baixíssima qualidade. Desde uma previsibilidade quase doentia, cenas de acção em que a “dupla de heróis” enfrenta invariavelmente sem qualquer arma indivíduos com armas mas que curiosamente nunca disparam, (um verdadeiro insulto à inteligência dos espectadores) algumas cenas dessas até acabam de maneira abrupta num verdadeiro sinal de amadorismo por parte da realização. Os diálogos são do mais básico e aborrecido que pode haver tal como a interpretação de Tom Cruise (não sendo um actor que aprecie particularmente, nem ele merece estar num filme tão fraco). Uma atroz longa-metragem a evitar. 

3.5/10

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Sully (2016)



Sully” é o mais recente filme de Clint Eastwood, depois do Óscar Eastwood realizou alguns filmes que goraram em boa parte as expectativas mas volta agora a colocar-se na rota do sucesso com este filme. “Sully” é nada mais, nada menos do que a história verídica que rapidamente se tornou “viral” do piloto que conseguiu aterrar um avião de passageiros em pleno rio Hudson em 2009. Com Tom Hanks e Aaron Eckhart como protagonistas e ambos a desempenharem boas interpretações e uma abordagem “não linear” à história dão uma injecção de originalidade ao filme, pois havia sempre o perigo de um filme de 2 horas sobre um acontecimento que a grande maioria dos espectadores já conhece se tornar aborrecido mas não é o caso. Interessante também a dicotomia que o piloto passou após o “incidente” que se por um lado era visto como um herói real por outro desconfiou-se das suas capacidades enquanto piloto.

7/10