sábado, 27 de outubro de 2018

Bloodbath - The Arrow of Satan is Drawn (2018)


Depois do decepcionante e efémero “Grand Morbid Funeral”, os impressionantes Bloodbath estão de volta com “The Arrow of Satan is Drawn”. Os Bloodbath são mesmo das minhas bandas preferidas de Death Metal a par com os Nile embora com características muito diferentes dos Nile pois em vez do Death Metal técnico dos Norte-Americanos os Bloodbath inundam-nos com o seu Death Metal ultra arrastado cru e sujo. “The Arrow of Satan is Drawn” é sem dúvida um regresso aos bons velhos tempos da banda, os riffs avassaladores e pungentes com uma distorção invulgar e geralmente associados a uma espécie de “Necro-groove” quase exclusivo da banda dão uma dinâmica espectacular a “The Arrow of Satan is Drawn”. À compassada e brilhante “Levitator” podem-se juntar “March Of The Crucifiers”, “Morbid Antichrist” e “Warhead Ritual” como as melhores faixas do álbum. Que grande regresso dos Bloodbath.

8.5/10 

Outre - Hollow Earth (2018)


2018 Tem evidenciado ter uma “colheita musical” de excelência, mais uma prova disso é o novíssimo álbum dos Polacos Outre de seu nome “Hollow Earth”. Apenas com 1 dia de existência é por mim seguro dizer que “Hollow Earth” é mais um dos sensacionais álbuns deste ano. Ao Black Metal sofisticado e com nuances de Avant-Garde muito típicas dos elitistas Deathspell Omega vincado em “Ghost Chants”, foram acrescentados ritmos demolidores e riffs completamente hipnóticos e monolíticos. Os Outre subiram a fasquia e de que maneira, se o Black Metal tem sobrevivido ao passar dos tempos graças a suas mutações permanentes e capacidade de rejuvenescimento, esta é uma das bandas que ultimamente tem dado um importante contributo para essa continuidade. “Hollow Earth” tem aura própria e indissociável entre as faixas que o compõem, no entanto posso destacar “Distant Daylight” como genial. 

8.5/10

Ant-Man and the Wasp (2018)


Começa a ser um cliché atribuir a nota 5 a cada filme de super-heróis mas a “máquina cinematográfica” não me tem facilitado nada a vida. “Ant-Man and the Wasp” é um filme verdadeiramente absurdo, onde a sensação que fica é que a única razão da sua existência é simplesmente criar narrativa para futuros acontecimentos em filmes do Universo Marvel. Quer o Ant-Man quer a Wasp são já de si personagens secundários nas BD’s dos Avengers e no Universo Marvel (BD’s), mas inacreditavelmente acabam também por o ser no seu próprio filme sendo o protagonista o “segundo” Ant-Man (Paul Rudd). O argumento é verdadeiramente ridículo e enfadonho provocando ao espectador um tremendo desejo que o filme chegue rapidamente ao seu final, não existe uma única personagem com o mínimo de carisma ou de mística independentemente das sofríveis interpretações onde a única excepção é a de Michael Douglas no papel de Hank Pym. Também começa a ser um lugar-comum mas 4.5 dos 5 da classificação é mesmo por respeito à equipa de efeitos visuais. Para um filme se tornar uma desilusão tem que previamente ter existido uma ilusão o que definitivamente já vai sendo difícil. 

5/10

Solo (2018)


Tal como “Rogue One”, “Solo” é uma história paralela à história central de Star Wars. Depois de ter visto “StarWars: Episode VII - The Force Awakens” e o catastrófico “Star Wars: Episode VIII - The Last Jedi” foi com as espectativas a um nível residual que fui ver este “Solo”, no entanto acabei por ser surpreendido. “Solo” não tem argumento nem tão pouco profundidade para ser um grande filme, ainda assim acaba por ser o melhor dos últimos 4 da série, uma história simples e bem explicada, onde a vida do adolescente Hans Solo é descrita com alguma criatividade mesmo limitada por não poder escapar a pontos cruciais já conhecidos anteriormente. Um argumento consistente e lógico junto aos razoáveis efeitos visuais e interessantes sequências de acção fazem de “Solo” um filme recomendável. O inevitável reparo vai para a péssima escolha dos actores, quase todos com interpretações de fraquíssimo nível contribuindo decisivamente para o filme não conseguir atingir outro patamar de qualidade. 

7/10

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Orkan - Element (2018)


Continuando no Black Metal mas numa vertente muito mais tradicional, em todos os sentidos já que falo dos Noruegueses Orkan e do seu novo trabalho “Element”. Os Orkan são uma banda relativamente recente mas que precocemente vai deixando sobressair o seu talento. “Element” é o seu terceiro álbum de originais e nunca pensei vir a dizer isto mas são indiscutíveis as similaridades com alguns álbuns dos fantásticos Enslaved o que só por si diz muito da qualidade do álbum. “Element” guia-nos por um viagem de Black Metal mais tradicional com singulares influências de Viking, Folk e ocasionalmente de um Progressivo muito tímido. Riffs alucinantes, abrasivos e pérfidos dão sentido a uma espécie de reciclagem do Black Norueguês mais old School com uma roupagem mais actual e sofisticada. É inevitável destacar a estrondosa “Iskald til beinet” como o auge de “Element”. 

7/10