quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Ghost – Meliora (2015)



Juntem um grupo de artistas que conseguiram manter-se no anonimato mais tempo que Slipknot, com um som tão catchy como o das mais famosas bandas de Rock e Heavy Metal, um tema teatral e obscuro a contrastar com o tom melodioso e temos a receita para o sucesso.

“Meliora” é o 3º álbum de Ghost (ou Ghost B.C.) e apesar de não me encher tanto as medidas como o anterior “Infestissuman”, segue as pisadas do Rock Progressivo e Psicadélico dos anos 60 e 70 e o Heavy Metal dos anos 80 que me tornaram um dependente neste som melodioso e atmosférico funcionando como uma massagem após uma maratona, ou seja, como uma dimensão à parte onde posso relaxar e ouvir um som descomplicado após 25 horas por dia de agressividade e complexidade no Death, Doom ou Avant-garde.

Não podia faltar o groove nas guitarras, os sinfónicos teclados e a harmoniosa voz de Papa Emeritus III mas se há algo a apontar talvez seja a perda de alguma da musicalidade mais característica e sombria dos álbuns anteriores.

Quanto às músicas destaco “Cirice” e “Deus In Absentia” que poderiam ser acompanhadas por mais uma ou duas do mesmo nível, mas no geral não desilude quem já está familiarizado com a banda.


por: ExtinThor

7.5/10 

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Philm - Fire From The Evening Sun (2014)



Desconhecia por completo os Philm, embora me tenha prendido desde logo a atenção o facto de o baterista se chamar Dave Lombardo, que entretanto e infelizmente já saiu da banda. “Fire From The Evening Sun” é uma verdadeira pedrada no charco, quando a musica mais pesada parece em geral atravessar uma espécie de bloqueio criativo, estes Philm derrubam com classe esse paradigma com este álbum. O próprio tema título “Fire From The Evening Sun” “Train” e “Blue Dragon” são músicas geniais de talento puro. O álbum está embrenhado num Rock Progressivo Experimentalista sublimemente peculiar como variadíssimas influências que resultam num som inovador e com imensa originalidade. Grande destaque para as guitarras que de facto são a alma do álbum, a bateria está entregue a um mestre do Thrash mas a mostrar a sua versatilidade tocando num registo totalmente diferente e uma vocalização que não sendo brilhante prima pela intensidade. Um dos melhores álbuns de 2014 e talvez até o mais criativo, os Philm vão ter uma árdua tarefa de superar este “Fire From The Evening Sun”.

8/10

At The Gates - At War With Reality (2014)



Um regresso dos mais esperados no seio do som mais pesado. Falo dos At The Gates, uma banda bastante icónica no Death Metal. Há muito tempo atrás, nem consigo bem situar quando com certeza, mas sei que ouvi a seguinte frase: “O verdadeiro álbum de Gothenburg Metal é o Slaughter Of The Soul, o resto são cópias”, eu não iria tão longe mas este regresso bastante aguardado em parte dá razão a essa afirmação, pois “At War With Reality” é sem dúvida o melhor álbum deste Sub-estilo desde há muito tempo. O grande problema do chamado Gothenburg Metal é ser inequivocamente repetitivo, tão assim o é que as várias bandas que fazem de algum modo parte deste subgénero foram tentando ao longo dos últimos anos experimentar outras influências ainda que sem grande sucesso diga-se. De algum modo parece que os At The Gates têm uma fórmula mágica que lhe permite fazer um álbum actual dentro de um estilo super saturado mas com qualidade acima da média, até faz esquecer a sua longa paragem. De algum modo difícil de explicar os At The Gates parece que tem sempre uma dose extra de talento como se prova com este excelente “At War With Reality”. 

7.5/10

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

The Nice Guys (2016)



The Nice Guys é a prova que a simplicidade compensa. O argumento não será nada de transcendental neste filme no entanto ficamos cativados no mesmo desde o primeiro segundo, desde as 2 geniais personagens Jackson Healy (Russell Crowe) e Holland March (Ryan Gosling) como o próprio habitat dos 70’s como pano de fundo até a série de eventos que se vão desenrolando ao mesmo tempo que vão “destapando” a história do filme tudo parece assentar perfeitamente neste The Nice Guys. Uma dupla de “sacanas” em que um (Gosling) é um detective privado que só apanha casos que mais ninguém quer e o outro (Crowe) afasta “low-lifes” do quotidiano das outras pessoas, juntam-se por mero acaso a investigar o mesmo caso e a jornada que dai advêm. Não sendo propriamente um filme cómico tem a sua piada e mantem-se num tom leve e descontraído até final. Um dos melhores filmes de 2016 tal não é a pobreza de ideias que paira no país do cinema.         

7/10 

domingo, 21 de agosto de 2016

Warcraft (2016)



Começar por dizer que eu sou fan dos jogos do Warcraft e por isso mesmo vi o filme com as expectativas no mais baixo possível, porquê? Bom basta acompanhar o historial de filmes baseados em jogos para responder a isso. No entanto Warcraft é um filme que superou essas miseráveis expectativas, não é um filme rico em interpretações como é obvio, mas em termos de efeitos visuais  por exemplo na capacidade de passar para cinema seres como os Orcs está muito bem conseguido, a acção também esta bastante convincente e bem distribuída pelo filme, até pelo que percebi com o meu vago conhecimento do assunto a história esta razoavelmente fiel à historia do primeiro jogo. A parte dispensável era mesmo o tão “Hollywoodesco” e aborrecido romance, é inacreditável que até num filme 100 % passado num universo fantástico tem de haver a típica história de amor da praxe. Cinematograficamente intocável um bom filme para quem gosta de filmes com fantasia em grande escala mesmo para quem não gosta particularmente da Blizzard.  

6.5/10