quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Trumbo (2015)

Foi grande, muito grande mesmo o impacto que teve a série “Breaking Bad” na carreira de Bryan Cranston que passou quase do anonimato a um actor bastante pretendido. Este “Trumbo” valeu-lhe desde já uma (justa) nomeação para o Óscar de interpretação no principal papel. “Trumbo” é também uma espécie de biografia que conta a história de Dalton Trumbo um conceituado argumentista de Hollywood nos finais dos anos 40 e o impacto que as suas convicções políticas tiveram na sua carreira. O filme aborda também a “famosa” “blacklist” em que todas figuras publícas nas quais recaia a suspeita de ligações ao comunismo eram colocadas. Um filme interessante sobre um assunto muito polémico na altura e inume à tão clássica propaganda norte-americana no que a cinema diz respeito. A única crítica negativa a meu ver é a duração do filme, demasiado longo para a história que o suporta. 

7/10

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Sicario (2015)



Denis Villeneuve despertou o interesse dos cinéfilos mais atentos com o brilhante “Incendies” em 2010 tento prosseguido a sua carreira com “Prisioners” e o bizarro “The Enemy” inspirado aliás na obra do bem conhecido José Saramago O homem duplicado”, portanto era grande a espectativa á volta deste “Sicario”. No entanto o filme acaba por ser uma razoável desilusão, se em termos de realização é difícil apontar criticas e nem sequer se pode dizer que é o típico filme de Hollywood já quase com uma “receita” pré-definida, nada disso. O “pecado original” de “Sicario” é sim o seu argumento, pois mais uma vez o tema recai sobre o tráfico de droga na fronteira entre o Estados Unidos e o México, desta vez do ponto de vista de uma jovem agente do F.B. I. que se vê colocada nesta guerra entre cartéis e a polícia. Emily Blunt, Josh Brolin e Benicio Del Toro são os actores de relevo sem que nenhum se destaque em particular nas respectivas interpretações. Um filme sobre um tema já repetidamente abordado sem nenhuma novidade em termos de história e que fica muito aquém de um “Traffic” só para citar um exemplo.

6/10

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Brooklyn (2015)



Vou ser muito sincero ao dizer que muito dificilmente consigo ser parcial a criticar este filme, decididamente dramas românticos não me despertam grande interesse. “Brooklyn” é um drama “old-school”, um romance passado em 1950 que conta a história de uma imigrante Irlandesa nos Estados Unidos, cinematograficamente nada se pode apontar ao filme nem sequer em termos de realização, o grande “pecado” do filme na minha opinião é a completa falta de originalidade do argumento pois este tipo de romance já foi contado e recontado milhares de vezes no cinema, mudando apenas e época em que é passado e/ou os cenários, o verdadeiro “romance de telenovela” mas em formato de filme. O ponto a favor é a interpretação de Saoirse Ronan que lhe valeu de resto a nomeação para o Óscar da respectiva categoria, que não sendo brilhante é conseguida e parece querer projectar a jovem actriz para a ribalta “Hollywodesca”.

6/10

Joy (2015)



Assim também já começa a roçar o ridículo sinceramente, mais uma pseudo biografia encapotada. “Joy” não é mais nem menos do que um filme sobre a pessoa que inventou a esfregona retráctil, e não, isto não é brincadeira. É verdadeiramente inacreditável os temas que servem para filmes hoje em dia em Hollywood. Tentando novamente a fórmula de “Silver Linings Playbook”, “Joy” é um complete desastre, desde o já referido “não assunto” como tema do filme passado por um aborrecimento e adormecimento completo do espectador até a prestação deplorável de Jennifer Lawrence em concordância de resto com praticamente todos as interpretações da sua carreira de actriz. Aliás, é de facto um atentado à inteligência dos cinéfilos deste mundo a sua nomeação para Óscar de melhor interpretação. Quem ainda for a tempo de evitar esta verdadeira decepção não hesite em gastar os 124 minutos a fazer outra coisa.  

4/10

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Spotlight (2015)



Mais um filme com muitas nomeações, “Spotlight” e que grande filme este. Quem pensa que “Spotlight” por ser um filme sobre investigação jornalística é aborrecido está completamente enganado, este filme conta a história verídica da investigação de uma pequena equipa de um jornal local sobre a pedofilia escondida e encoberta durante décadas pela comunidade Católica e para não fazer mais “spoilers” fico-me por aqui mas muito mais havia para escrever. Posso no entanto dizer que o filme tem tanto de intrigante como de cativante e o difícil é perder um segundo que seja do mesmo. E para completar em beleza este soberbo filme, quase todas as interpretações são de excelência, pode-se destacar Mark Ruffalo e Rachel McAdams pelas nomeações para o respectivo Óscar mas quase todas as outras estão também acima da média. Um filme que não se pode deixar de ver, e que, imagino eu vai trazer bastante polémica e discussão.  

8/10

Mad Max: Fury Road (2015)



Parece inacreditável mas é verdade, será no entanto inédito de certeza um filme de acção ter 10 nomeações para os Óscares de Hollywood, quando se calhar toda a década de 90 (talvez o pico dos filmes de acção de Hollywood) passou ao lado dos olhos pouco atentos da academia. “Mad Max: Fury Road” no entanto é um filme que apresenta qualidade dentro do género em que insere, não sendo nem um “Remake” nem um “Begining” que pululam hoje em dia que nem pipocas no cinema para os lados de Hollywood, “Mad Max: Fury Road” apenas aproveita o imaginário criado pelo antigo Mad Max (1979) e lança uma história completamente nova. “Mad Max: Fury Road” não tem um argumento brilhante, estranho seria se tivesse e não tem interpretações dignas de nomeação da academia, longe disso, mas têm e abunda…acção, acção pura, intensidade, velocidade, escuridão apocalíptica e brutalidade. Em suma “Mad Max: Fury Road” é um “Blockbuster” com tudo incluído como já não se via há muito tempo. 

7/10