quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

The Matrix Revolutions (2003)


Parece bastante óbvio por esta altura que se impõe a crítica de “The Matrix Revolutions”, porque “Tudo que tem um princípio tem um fim”. “The Matrix Revolutions” é a conclusão, a revelação final, o encerramento de um ciclo, o término da história proveniente da genialidade dos irmãos Wachowski. “The Matrix Revolutions” tem uma espécie de desígnio de demonstrar para além de qualquer dúvida que a ideia inicial dos irmãos Wachowski sempre foi de dividir a narrativa em 3 partes. Em contracorrente com os seus antecessores (“The Matrix” e “The Matrix Reloaded”) em “The Matrix Revolutions” o destaque vai preferencialmente para os acontecimentos fora da Matrix, ou seja, no mundo real, onde a resistência dos humanos vai ser posta à prova como nunca o foi até então, Zion é literalmente o ultimo reduto dos humanos que vivem fora da Matrix e em simultâneo, o alvo final das máquinas. Dentro da Matrix o programa Smith (um ex-agente) transformou-se numa espécie de Deus e vai reformulando essa mesma Matrix a seu belo prazer. É também em “The Matrix Revolutions” que é revelado por completo a essência de Neo e qual o seu propósito nesta luta titânica entre humanos e máquinas. O filme tem um final apoteótico mas convincente o que não é nada fácil tento em conta a complexidade do argumento. Uma nota final para o prejudicial embora involuntário legado desta alucinante trilogia para o cinema Norte-Americano, pois foi a partir daqui que começou a massificar a quase total abnegação pelas leias da física como se fosse indiferente o facto de se estar ou não dentro de uma Matrix

8.5/10

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

The Matrix Reloaded (2003)


A escassez de álbuns dignos de relevo em 2019 até ao momento, vai no sentido contrário ao cinema pois estamos em plena contagem decrescente para os afamados Óscares, mas a seu tempo lá iremos pois hoje vamos continuar a falar da trilogia Matrix, mais precisamente de “The Matrix Reloaded”. Não foi mesmo nada fácil aos irmãos Wachowski conseguirem dar continuidade ao genial “The Matrix”, só depois de 4 frustrantes anos de avanços e recuos, obstáculos inesperados e desafiadoras complicações é que finalmente “The Matrix Reloaded” via a luz do dia. Contrariando a opinião quase generalizada da crítica entendida e não só, na minha opinião “The Matrix Reloaded” não é uma desilusão e considero até um bocado injusta a constante comparação com o seu antecessor, afinal de contas na cabeça dos irmãos Wachowski sempre esteve uma trilogia, sendo óbvio que o brutal impacto de “The Matrix” não era repetível e pensar o contrário é simplesmente uma utopia. “The Matrix Reloaded” adensa e de que maneira a história do primeiro filme deixando a sensação que ainda só se tinha destapado uma ponta do véu, começa-se cada vez mais a ter uma ideia concreta do que é realmente a Matrix e qual a função do protagonista (Neo) nela. Em “The Matrix Reloaded” são também adicionados vários personagens incrivelmente interessantes e importantes como são o caso de Merovingian, The Architect, Seraph, The Keymaker, Niobi e os Twins, cada um com as suas particularidades mas contribuindo todos para o enriquecimento da história. Não podia deixar de frisar mais uma vez os extraordinários efeitos visuais que mais uma vez excedem as espectativas, sendo o seu clímax a estonteante sequência de acção vulgarmente conhecida como a “sequência da auto-estrada”, sem dúvida um dos melhores segmentos de acção contínua do cinema moderno. 

9/10

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Yashira - Shrine (2018)


Se ainda restavam algumas dúvidas sobre a excelência da “colheita” musical de 2018 aqui fica mais um inquestionável comprovativo. Infelizmente, não tomei conhecimento da banda em questão pelas melhores razões, pois apesar do seu curto período de actividade a banda proveniente de Jacksonville (Florida) já perdeu o seu baterista Seth Howard num fatal acidente de viação. Falando de assuntos mais agradáveis, os Yashira apresentam no seu álbum de estreia “Shrine” uma dinâmica exuberante e altamente viciante. “Shrine” foi cozinhado com uma receita essencialmente de Sludge e Post-Metal, mas onde o Death Metal e o Hardcore funcionam como uma espécie de tempero, gerando assim um produto final com uma interessante agressividade e singularidade. A sequência inicial do álbum composta por “Redact (Flood)”,Writhe (Embrace)”e “Raze (Deject)” é verdadeiramente sensacional e embora a segunda parte do álbum não suporte esta mesma qualidade esta mantem-se num excelente nível. 

8.5/10

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Replicas (2018)


Nem sei bem que nota dar nem o que dizer sobre “Replicas”, um filme sobre clonagem e transferência da consciência humana para um robô, são muitos, mesmo muitos os filmes que já foram feitos sobre estes dois interessantes assuntos sem dúvida mas “Replicas” tem o condão de ser um claro candidato a ser o pior acerca destas matérias. Depois de “Transcendence”, “Simone”, “Chappie” e “The 6th Day” (só para citar alguns), “Replicas” tinha pouca margem de originalidade é certo mas dificilmente isso pode ser uma desculpa para o filme roçar a mediocridade. “Replicas” deixa no ar a sensação de ter sido produzido sem ter por base nenhum estudo científico ou no mínimo uma revisão técnica por alguém especialista nos temas abordados pelo filme, tais não são as incongruências e falhas de lógica ao longo do mesmo. Os diálogos são absurdamente entediantes além de deixarem transparecer uma falta de naturalidade atroz, de nada serviu também, a entrega do principal papel à “estrela” Keanu Reeves pois as suas limitações como actor são sobejamente conhecidas.

4.5/10 

Final Space (2018) (Season 1)


É extraordinariamente fácil de refutar que Final Space, por ser uma série de animação seja especialmente direccionada para jovens ou adolescentes, pois o seu conteúdo desperta interesse a qualquer faixa etária. Seria de esperar que uma série assumidamente inspirada no franchise “Star Trek”, “Futurama” e em particular na bem-sucedida série “Rick and Morty” fosse prontamente acusada de pretensiosismo, o que não acontece de todo. Final Space consegue desmistificar o paradigma que o Sci-Fi está saturado e que não é possível haver uma série verdadeiramente criativa neste género específico, e como? Com uma estratégia onde sobressai o perfeito equilíbrio entre doses de acção, drama, e humor (maioritariamente negro). Outro ponto singular de Final Space são as personagens e suas respectivas evoluções ao longo da série, todas elas com um crescimento exponencial em termos de profundidade e intensidade. Final Space é em suma uma série incrível, e cativante desde o primeiro episódio, é credível que a ansiedade vá subido até à estreia da já prometida Season 2. 

8/10