terça-feira, 11 de outubro de 2016

Meshuggah - The Violent Sleep of Reason (2016)



E aí esta um dos álbuns de Metal mais esperados do ano, falo de “The Violent Sleep Of Reason” dos emblemáticos Meshuggah. E se “Koloss” conseguiu superar todos os anteriores álbuns da banda incluído o já aqui criticado “Obzen”. Desta vez esse feito era consideravelmente mais difícil, no entanto superar talvez seja uma palavra demasiado forte, mas decididamente “The Violent Sleep Of Reason” está pelo menos ao nível de “Koloss”. O domínio quase impraticável por qualquer outra banda do Math/Djent continua perfeito, sem falhas, um som que tem tanto de demolidor como de hipnótico, musicas como “Born In Dissonance”, “Ivory Tower” ou “Our Rage Won’t Die” são verdadeiros metrónomos de devastação. É um verdadeiro mistério como os Meshuggah continuam a ter uma espécie de “monopólio” deste sub-gerero do Metal que inúmeras bandas tentam replicar sem sucesso e por qual muitas outras foram influenciadas, uma vertente do Progressivo que é sem dúvida o habitat natural dos Meshuggah. Uma palavra para a fenomenal capa do álbum, e para o próprio conceito do álbum, aparentemente um inspiração de uma obra do famoso pintor espanhol Francisco Goya “The Sleep Of Reason Produces Monsters” 

8/10

domingo, 9 de outubro de 2016

Anaal Nathrakh - The Whole Of The Law (2016)



Quem já pelo menos ouviu falar dos Anaal Nathrakh sabe bem com o que pode contar, uma espécie de apocalipse em forma de som, em “The Whole Of The Law” não é nem podia ser diferente. Saí no final do mês este novo álbum dos Anaal Nathrakh, e longe da genialidade dos longínquos “The Codex Necro” e de “Domine Non Es Dignus”, “The Whole Of The Law” é na minha opinião talvez o melhor álbum “recente” da banda, talvez devido ao lançamento exagerado de álbuns o som característico dos Annal Nathrakh (Black Metal ultra rápido com influencias de Grindcore) tenha perdido alguma da sua criatividade inerente e consolidada. Contudo neste “The Whole Of The Law” isso parece ter sido recuperado talvez devido à adição de elementos épicos e orquestrais ou mesmo elementos industriais em várias músicas. Sem dúvida um dos bons álbuns de 2016, os “mestres” da “banda sonora do apocalipse” estão de volta e em grande forma, “In Flagrante Delicto” e “We Will Fucking Kill You” são apenas dois exemplos de destruição massiva.

7.5/10

sábado, 8 de outubro de 2016

Opeth - Sorceress (2016)



Os Opeth estão de volta, a grande banda de culto do Metal traz-nos em 2016 este “Sorceress”. Longe vão os tempos da dicotomia agressividade/progressivo de “BlackwaterPark”, desde há 3 álbuns (“Herritage”, “Pale Communion” e este “Sorceress”) a esta parte os Opeth estão com uma abordagem mais “suave”. Se é bem verdade que a técnica continua bem presente na banda e os Opeth sempre foram uma banda que arrisca o desconhecido e não se repete, também é bem verdade que já vai havendo saudades dos famosos grunhidos de Åkerfeldt e de uns riffs poderosos de vez em quando. Em “Sorceress” é por demais evidente a homenagem ao famoso som Progressivo dos anos 70 como é bastante habitual em bandas como Riverside e Porcupine Tree e tem sido esse o caminho traçado pela banda ultimamente. Não sendo um álbum de concordâncias e longe de ser um dos melhores da banda no entanto tem em músicas como “The Wilde Flowers” e “Chrysalis” bons pontos de interesse. É sempre elevada a exigência para com os Opeth e é mesmo por isso que se pode dizer que eles são capazes de fazer melhor. 

7/10

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

The Lobster (2015)

Pelo que sei este filme teve excelentes críticas o que é para mim inexplicável, falo de “The Lobster”. A ideia original de “The Lobster” nem é necessariamente má, assenta na premissa de alguém que é solteiro vai para um hotel durante 45 dias para arranjar um parceiro e formal um casal e caso não consiga será transformado num animal de sua escolha prévia. O grande problema do filme é ser pretensioso pois podia com certeza ser uma comédia negra com relativo sucesso mas em vez disso tenta de algum modo fazer uma crítica social através do seu absurdo, pois esse seu objectivo falhou redondamente. “The Lobster” acaba por ser um filme despropositado com violência fora de contexto e sem sentido nenhum e com uma realização que tenta ser tão evoluída que cai no ridículo, os pormenores da banda sonora a tentar dar enfase aos momentos de tensão são completamente estapafúrdios e disso um bom exemplo. Para culminar a escolha de Collin Farrell como actor principal, não, Collin Farrell nunca será um actor capaz de fazer um papel em que se simula “ausência de sentimentos”.

4.5/10




quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Star Trek Beyond (2016)



E já é o terceiro filme de uma espécie de “reboot” do “franchise” Star Trek, falo de “Star Trek Beyond”. Quem é aficionado da “saga” Star Trek vai com toda a certeza ficar bastante desiludido, como com quase todos os filmes provenientes de Hollywood para as “massas” hoje em dia, este é apenas mais um. Como filme de Sci-Fi o filme é um total embaraço pois parece ser apenas um filme de acção só que com a particularidade de ser passado no espaço, falta a mística de “velhos” Star Trek’s. É fácil bastante fácil de perceber que como escasseiam as ideias em Hollywood a solução passa por “reviver” êxitos do passado com a tecnologia dos dias de hoje pois há que continuar a manter o lucro a entrar. O problema desta abordagem é que cada vez os espectadores estão mais informados e mais críticos e menos ingénuos e facilmente percebem que este filme é apenas um maneira de continuar a facturar com o nome “Star Trek”. Mais um filme baseado na teoria que com bons efeitos especiais a história pode ser desprezada. 

5.5/10