terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Bölzer - Aura [EP] (2013)



Provenientes da Suiça, os Bölzer são uma banda suiça de Black/Death Metal, onde se destaca o EP Aura de 2013, no meu entender o melhor trabalho até à data.

O que mais se evidencia à partida são os riffs de guitarra originais tanto na composição como na execução, com momentos de alguma complexidade técnica seguidos de momentos mais arrastados a roçar o Doom, a que se junta uma furiosa bateria e uma voz bastante peculiar.

Este talentoso duo helvético apresenta-nos um som bastante poderoso e simultaneamente cativante, que nos remete para um ambiente único e mágico.

Aconselhado pelo médico a todos os fãs de mitologia nórdica, devido à sua distinta atmosfera espiritual e mística.

Por : ExtinThor

9/10

Black Label Society - Grimmest Hits (2018)



Provavelmente o primeiro lançamento de importância maior em 2018, falo do novíssimo álbum de Black Label Society e do seu incontornável líder e fundador Zakk Wylde. Quatro anos volvidos desde “Catacombs of the Black Vatican”, Zakk volta com este “Grimmest Hits” e se a fusão Metal/Rock/Post-Grunge continua bem visível, infelizmente é também visível e que maneira que a desmultiplicação de Zakk Wylde para outros projectos (a tour de despedida de Black Sabbath, tour de Zakk Sabbath e ainda a the Experience Hendrix tour) lhe retirou a parte da concentração nos seus Black Label Society. “Grimmest Hits“ deixa muito a desejar em termos de composição musical e era de esperar muito mais em 4 anos por parte do Sr. Zakk Wylde. Musicas com pouca densidade que muito dificilmente vão ser marcantes na carreira dos BLS, que depois do sublime “Order Of The Black” entrou definitivamente numa curva descendente. 

6.5/10

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Blade Runner 2049 (2017)



Exactamente 35 anos depois de “Blade Runner” chega a sequela “Blade Runner 2049”, e começo por dizer que era bastante a minha desconfiança com uma sequela depois destes anos todos. “Blade Runner 2049” é no entanto um filme à parte sem dúvida, conseguiu de uma maneira impressionante captar toda a essência do primeiro filme, ambientes sombrios e futuristas de cortar a respiração e uma atmosfera pesada e intensa, tudo isto com efeitos visuais de excelência e uma cinematografia simplesmente épica e sublime. Denis Villeneuve, para mim um dos grandes realizadores de Hollywood com uma carreira recheada de filmes de qualidade (“Prisoners”, “Incendies”, “Arrival”) tem mais um vez um trabalho fantástico que não se pode no entanto dissociar da contribuição de Ridley Scott (Produtor) e Hampton Fancher (Argumentista), as mentes por trás do primeiro filme. Talvez o melhor filme que vi em 2017. 

8/10

Three Billboards Outside Ebbing, Missouri (2017)



Quem é apreciador dos irmãos Coen e em particular da brilhante série “Fargo” não vai ficar nada decepcionado com este “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”. No marasmo de ideias que se tornou o cinema Norte-Americano de vez em quando lá aparece uma centelha de criatividade. “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri” é a história de uma mãe amargurada pela inexplicável morte da sua filha, e que, farta da inércia da polícia local decide chamar à atenção do seu drama pessoal através de 3 gigantescos placards publicitários. “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri” além das brilhantes interpretações dos seus principais personagens, Frances McDormand (Mildred), Woody Harrelson (Willoughby) e Sam Rockwell (Dixon), tem também um refrescante humor negro muito na onda da já referida série “Fargo”. Um dos melhores filmes de 2017 sem dúvida.  

7.5/10

sábado, 20 de janeiro de 2018

Rememory (2017)



Mais conhecido como Tyrion na popular série “Game of Thrones”, eis que Peter Dinklage é pela primeira vez escolhido como protagonista para um filme. “Rememory” é um hibrido entre um Drama e um Thriller, uma história interessante onde um cientista pioneiro e completamente apaixonado pelo seu trabalho, produz um aparelho capaz reproduzir todas as memórias de quem o usa até ao instante do seu nascimento, e são mesmo todas por mais esquecidas que estejam, uma premissa que não é nova mas desta vez com uma abordagem mais madura e inteligente. Peter Dinklage faz uma interpretação subtil e consistente no principal papel mas penso que o mais apetecível de “Rememory” é a permanente curiosidade que deixa nos espectadores. “Rememory” é daqueles filmes que nos deixam de olhos colados ao ecrã, nem que seja apenas porque queremos saber o seu final (e que final!).

7/10