quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Straight Outta Compton (2015)



E ainda mais um filme biográfico, desta feita trata-se de “Straight Outta Compton” que no entanto acaba por ser muito mais do que isso. “Straight Outta Compton” conta a história da curtíssima carreira da mítica banda NWA (Niggers With Atittude) história essa que se mistura e bastante com o surgimento do chamado “Gangsta Rap”. Não sendo eu um fan deste estilo musical em particular acho que o argumento do filme está bastante bem conseguido tornando o filme bastante interessante, não houve a tentação de exagerar na quantidade de tempo do filme despendido apenas em músicas, ao invés disso há toda uma cronologia das histórias dos vários elementos da banda e de como essas histórias influenciaram o “Rap/Hip Hop” até aos dias de hoje. “Straight Outta Compton” apresenta ainda uma vertente bastante crítica em relação ao racismo praticado na altura nos Estados Unidos contra indivíduos de raça negra e o grande peso que isso teve na génese deste tipo de música. Um filme interessante mesmo para quem não se identifica minimamente com a cultura do Hip Hop.


7/10

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Black Mass (2015)



Continuado na senda das biografias aqui esta mais uma, “Black Mass”. Uma biografia sobre o mafioso James 'Whitey' Bulger que depois de ver o filme ficamos com sensação que se calhar não se justificava uma biografia sobre esta personagem, enfim. Sendo eu admirador de longa data de Johnny Depp confesso que era dos filmes de 2015 que estava com grande curiosidade de ver mas sendo imparcial fiquei um bocado desiludido. O filme é aborrecido, previsível (mesmo para quem não faz ideia quem é James 'Whitey' Bulger) com diálogos fracos com interpretações fracas e desinteressante, estava à espera de um filme com muito mais qualidade. Nem a interpretação de Johnny Depp é particularmente bem conseguida, estando muito longe de outros papéis interpretados com excelência por parte deste grande actor, em jeito de conclusão, um filme decepcionante. 

6/10

Steve Jobs (2015)



Eis que ai está a “nova” moda “Hollywoodesca”…sim estou a falar das biografias. Um filme biográfico só faz sentido quando a pessoa sobre quem recai essa biográfica assim o justifica e também neste tipo de filme tem havido bastante exagero. Não é no entanto o caso de Steve Jobs, que se há pessoa que se justifica haver uma biografia essa pessoa é Steve Jobs, no entanto este já é o segundo filme sobre ele e curiosamente os 2 são medíocres. “Steve Jobs” é um filme que pouco ou nenhum sentido faz, parece mais uma serie de acontecimentos resumidos em pré-apresentações da Apple do que um filme. Resumir a vida de Steve Jobs a isto parece-me no mínimo ridículo e há ainda a tentativa (tão Hollywoodesca) de inserir um drama à força seja em que filme for. Salva-se o papel de Fassbender (nomeado para um Óscar de interpretação aliás) desta longa-metragem despromovida de sentido que está longe muito longe de fazer jus á rica biografia de Steve Jobs

 5.5/10

The Hateful Eight (2015)



O nome Tarantino sempre suscitou as mais diversas reacções nos amantes de cinema, que vão desde o ódio de morte até à quase elevação a Deus. Eu pessoalmente quando começo a ver um filme do Tarantino tento-me preparar para que tudo possa acontecer e sem nenhum preconceito de pré visualização. Sinceramente sempre achei que Quentin Tarantino é melhor argumentista do que realizador mas neste “The Hateful EightTarantino volta a provar que ainda tem muito talento nas duas vertentes. Mais uma vez um filme completamente à parte de Hollywood a não seguir tendência alguma e a distanciar-se e de que maneira dos filmes da moda natalícios que dizem muito do cinema Norte-Americano do presente. “The Hateful Eight” é um Western “Tarantiniano” mas desta vez, na minha opinião, muito mais bem conseguido do que “Django” (que me decepcionou bastante com aquela parte final completamente ridícula) com personagens sui generis e com uma história cativante como só Tarantino consegue fazer, até lembrar um pouco “Reservoir Dogs” mas noutro contexto. Em suma um excelente filme com grandes interpretações e um grande argumento. 

7.5/10

The Revenant (2016)



Falta pouco mais de um mês para a grande noite dos Óscares da Academia e assim sendo não podia deixar passar a crítica a este “The Revenant” que com 12 nomeações é o filme mais nomeado para edição 88 dos já referidos Óscares. Pessoalmente não concordo que “The Revenant” seja um filme brilhante ou genial, e embora concorde que Alejandro González Iñárritu é neste momento um dos melhores realizadores a trabalhar em Hollywood, não é na minha opinião o melhor filme dele, no entanto as 12 nomeações até são justificadas. O filme transporta-nos para pouco depois de 1800 e conta a história (verídica?) de Hugh Glass e todo o seu sofrimento (quase insuportável) na procura de uma vingança mais que justificada. O filme tem de facto paisagens estonteantes, um realismo invulgar e brutal e está realizado de uma maneira brilhante sem dúvida. Leonardo Dicaprio desta vez de certeza que não vai deixar fugir o Óscar de interpretação, mas na minha opinião, embora essa interpretação seja muito boa, Dicaprio continua a não ser (e será alguma vez?) um actor de topo, e quando já teve oportunidade de trabalhar com quase todos os grandes realizadores de Hollywood continua a não me convencer. Um filme de grande qualidade mas para ver uma vez apenas pois o nível de realismo e sofrimento desaconselham mais visualizações. 

7.5/10