segunda-feira, 25 de abril de 2016

Vredehammer - Violator (2016)

Um dos grandes álbuns de 2016 até ao momento “Violator” é apenas o segundo álbum de originais dos Noruegueses Vredehammer mas apresenta já uma inegável qualidade. “Violator” assenta na comum fusão entre o Black Metal e o Death mas com assumidas influências de um Thrash moderno à imagem dos Lamb Of God. “Violator” é visceral, rápido, destrutivo e carregado de riffs poderosos, musicas como “Cyclone”, “Violator” ou “Deadfall” são verdadeiramente arrasadoras, ferozes e demoníacas deixando bem claro as origens Norueguesas da banda. Em “Ursus” ou “Blodhevn” pode-se no entanto apreciar a faceta mais melódica e épica da banda. Sem dúvida o álbum que marca em definitivo o 1º trimestre do ano e a fazer jus a noção que o Metal proveniente da Noruega parece sempre ter uma centelha extra de criatividade.

 7.5/10

sábado, 23 de abril de 2016

Snow Burial - Victory in Ruin (2016)



Foi quase por acidente que descobri estes Snow Burial mas em boa hora isso aconteceu. Originários de Chicago os Snow Burial são uma banda bastante recente que assenta o seu som no Post-Metal embora com algumas influências do Sludge. “Victory in Ruin” é o seu primeiro álbum de originais depois de 2 bem-sucedidos EP’s lançados anteriormente. “Victory in Ruin” é um álbum nada pretensioso mas que vai ficando no ouvido e melhorando a cada audição, as músicas diferem bastante entre si o que torna o álbum altamente diversificado e refrescante, destaco particularmente a sequencia “Victory in Ruin”, “Thieves” e “Hellscape”. Um baixo de excelência e a guitarra com riffs crus mas elaborados como é característico do Post-Metal são os pontos mais fortes de “Victory in Ruin”. Um excelente álbum para desanuviar dos vários ultra saturados subgéneros do Metal.
 
7/10


sexta-feira, 15 de abril de 2016

The Algorithm - Brute Force (2016)



E como já tinha sido devidamente anunciado ai está o sucessor de “OCTOPUS4” por parte dos The Algorithm. O álbum intitula-se “Brute Force” e como já vem sendo hábito é bastante atractivo para quem procura novas sonoridades, a mistura explosiva de electrónico com riffs do espectro Djent resulta num som indubitavelmente inovador. No entanto este “Brute Force” não me parece que atinja os níveis de qualidade de “OCTOPUS4”, talvez por excesso de eletrónico e por consequência redução de poder do Djent ou talvez uma utilização de um tipo de som eletrónico demasiado ambiental em vez de assentar no ritmo. Ainda assim musicas como “Userspace”, “Rootkit” ou “Trojans (Hard Mode)” dificilmente nos deixam indiferentes. Por fim uma curiosidade, bem a propósito, para a temática completamente mergulhada na informática em todo o álbum, quer nos nomes das músicas quer na arte gráfica do mesmo. 

7/10

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Rotting Christ - Rituals



E depois do espectacular “Kata Ton Daimona Eaytoy” a grande decepção de 2016 até agora é o novíssimo álbum dos gregos Rotting Christ que dá pelo nome de “Rituals”. Era grande muito grande a minha espectativa para este “Rituals” pois o seu antecessor “Kata Ton Daimona Eaytoy” pode muito bem ser considerado o melhor álbum da banda. Os Rotting Christ sempre nos ofereceram um som muito característico assente no Black Metal e quase em paralelo com a evolução do afamado Black Metal Norueguês mas com as suas particularidades, foram eles próprios também evoluindo de álbum para álbum até chegar ao ponto mais refinado dessa mesma evolução no já referido ultimo álbum. No entanto este “Rituals” como o próprio nome indica parece mais uma sequência de rituais com uma banda sonora a cargo dos Rotting Christ, e ainda para piorar a situação isto já tinha sido tentado antes (com reduzido sucesso diga-se) em “Sanctus Diavolos”. Quando nada o fazia prever penso que este “Rituals” é um passo atras na sólida carreira dos Rotting Christ. Uma menção para a arte gráfica do álbum que é de facto de grande nível. 

5.5/10

Ihsahn - Arktis. (2016)



E já é o sexto álbum de Ihsahn, o multifacetado vocalista e fundador dos míticos Emperor. “Arktis” aterra em 2016 depois de 2 álbuns que deixaram bastante a desejar, “Eremita” e “Das Seelenbrechen”. “Arktis” parece transportar-nos para os bons velhos tempos de “The Adversary” o primeiro e na minha opinião ainda o melhor trabalho de Ihsahn. A pausa de 3 anos aparenta ter feito bem a Ihsahn que parece ter repensado o caminho musical pretendido, “Arktis” não foge ao já habitual progressivo experimental completamente aberto a influências longínquas do Metal, no entanto desta vez Ihsahn não hesitou em dar mais proeminência ao progressivo mais “clássico” por assim dizer, em varias músicas do álbum, e um piscar de olhos ao Avant-garde facilmente reconhecido em “South Winds” ou em “Frail”. Em suma um álbum de demorada “digestão” mas com densidade e qualidade.

7/10