quarta-feira, 29 de março de 2017

Assassin's Creed (2016)



Continuando na senda de adaptações de jogos para o cinema esta publicação vai ser sobre “Assassin's Creed”. Posso começar por dizer que nunca joguei em qualquer dos jogos “Assassin's Creed” e depois de ver o filme fiquei estupefacto com a grande quantidade de críticas negativas que o filme tem coleccionado, ainda por cima com o majestoso tédio apresentado por grande parte dos filmes que receberam nomeações para os Óscares, alguns até acabaram mesmo por sair vencedores. “Assassin's Creed” não é um filme magnífico por certo mas reúne várias qualidades para ter uma nota positiva, um argumento interessante e com uma criatividade de um nível superior, prestações que não sendo brilhantes foram muito bem conseguidas por parte dos protagonistas com Michael Fassbender e Marion Cotillard a serem exemplos perfeitos disso mesmo, e ainda a juntar a isso efeitos especiais de grande qualidade. “Assassin's Creed” é a prova que nem todas as adaptações de vídeo jogos para o cinema funcionam obrigatoriamente mal tal como nem todos os filmes que tem uma base dramática e um assunto polémico são automaticamente bons. Um caso clássico de subvalorização. 

7/10

terça-feira, 28 de março de 2017

Resident Evil: The Final Chapter (2016)


O sexto e último (?) filme do conhecido franchise Resident Evil, falo pois de “Resident Evil: The Final Chapter”, curiosamente na minha opinião o melhor filme do universo Resident Evil é “Resident Evil: Damnation”, um filme de animação que sai fora da saga principal. “Resident Evil: The Final Chapter” é um filme onde por certo ninguém estará à espera que papéis de luxo ou um argumento denso e imaginativo mas sim de acção desenfreada e muito “gore” mas mesmo comparando com os seus precedentes “Resident Evil: The Final Chapter” resvala para o medíocre. As sequencias de acção são verdadeiras torturas visuais tal não são a quantidade de slow-motions, zooms, aceleramentos de imagem seguidas paragens abruptas, até com o meu fraco conhecimento técnico consigo perceber que a edição do filme é péssima. A história é muitíssimo forçada e banal e por vezes até parece semi-plagiada de outros filmes do franchise, as interpretações dos actores envolvidos são paupérrimas, salvam-se os efeitos especiais (onde é que eu já escrevi isto?!) que mesmo assim são “atraiçoados” pela primitiva edição de imagem. Destaco por último o constante excesso de escuridão nos cenários que dificulta ainda mais o espectador a acompanhar o que esta a acontecer.

4.5/10

segunda-feira, 27 de março de 2017

Allied (2016)



Uma espécie de romance disfarçado de filme de espionagem é o que salta à vista sobre este “Allied”. O novo filme de Robert Zemeckis passa-se nos bastidores da espionagem da 2ª Guerra Mundial no entanto o filme é muito mais um drama histórico do que um filme de espionagem. “Allied” deixa um pouco a desejar na minha opinião, se o argumento parece sólido e conciso à primeira vista ao longo do filme vai-se provando que isso não é inteiramente assim pois existem vários erros históricos nesse mesmo argumento. As duas personagens principais foram entregues a dois nomes de peso, e se Marion Coutillard na pele de Marianne Beauséjour ainda tem uma interpretação aceitável já Brad Pitt encarnando Max Vatan faz um papel bastante desapontante, talvez das mais fracas interpretações da sua excelente carreira. “Allied” teve uma única mas justíssima nomeação para o Óscar de melhor guarda-roupa, mas que é deveras insuficiente para cativar os espectadores mais exigentes.

6.5/10  

domingo, 26 de março de 2017

Rogue One (2016)



E é nisto que se transformou o maior franchise da história do cinema (Star Wars), uma verdadeira máquina de facturação de dólares, já não bastava as prequelas e as sequelas, agora chegámos ao nível das histórias paralelas. O filme em questão é como é óbvio “Rogue One”, o filme retrata a história de uma franja de rebeldes que arrisca tudo em prol de conseguir os planos para a sobejamente conhecida “Death Star”, antes do famoso “Star Wars: Episode IV – A New Hope”. O filme é do mais aborrecido e previsível que pode haver até bem perto da sua parte final, as personagens são insípidas, banais e as interpretações são de um nível tão fraco que é difícil de descrever, aliás Felicity Jones (Jyn Erso) ainda não provou em papel nenhum que actriz será mesmo a sua vocação. Quase todos os planetas existentes no filme têm paisagens similares a outras existentes na Terra também me pareceu demasiado conveniente e comodista da parte da produção. Como já se vem tornando um hábito esta pontuação tem muito a ver com o grande trabalho da equipa de efeitos especiais que apesar de não fazer nada de revolucionário é sem dúvida o grande trunfo do filme. 

5.5/10

quinta-feira, 23 de março de 2017

Doctor Strange (2016)



O mais recente filme inspirado numa personagem Marvel, “Doctor Strange”. Quase inconscientemente sempre que vejo um filme baseado em BD’s ponho as expectativas muito em baixo e talvez por isso mesmo este “Doctor Strange” não decepcionou. Não é um filme magnífico, longe disso, mas ainda assim tem os seus pontos fortes, a adaptação da BD está razoavelmente bem conseguida com a excepção do erro cronológico, o Doctor Strange apareceu há muito tempo atrás e não nos dias de hoje. Em termos de efeitos especiais e neste campo o cinema vive por esta altura dias de glória sem dúvida, são mesmo dignos de vencer o Óscar dessa mesma categoria. “Doctor Strange” tem também pontos menos positivos, tais como os fracos diálogos, o seu fraco argumento e as patéticas tentativas de introduzir comédia em determinados momentos do filme (é típico em filmes deste género) que são mesmo ridículas. Houve uma aposta forte no actor escolhido para a personagem principal mas sem grande sucesso, se Benedict Cumberbatch já provou noutras “palcos” a seu talento, em “Doctor Strange” nota-se demasiado que está fora da sua zona de conforto. 

6.5/10