terça-feira, 18 de dezembro de 2018

The Predator (2018)


Começo por escrever esta crítica dizendo que este filme é uma espécie de novo “fundo do poço” do cinema Norte-Americano. “Jumanji: Welcome tothe Jungle” comparado com “The Predator” parece um filme brilhante, aliás o único filme alvo de critica aqui no Blog comparável a este é “The Room”, e é até injusta essa comparação devido à evidente disparidade de orçamentos. Quem viu esta calamidade em Cinema penso que teria mesmo justa causa em ter pedido para lhe devolverem o valor do bilhete. Também “The Predator” é uma sequela com mais de 20 anos, depois de “Predator” (1987) e “Predator 2” (1990), dois filmes que me fazem relembrar uma altura em que os filmes de acção estavam no auge e tinham em geral uma qualidade bastante aceitável. “The Predator” é uma longa-metragem escandalosamente absurda, ridícula, detentora de um argumento miserável e sem nexo algum (aparenta ter sido escrito por uma miúdo de 10 anos) com personagens verdadeiramente medíocres, um completo e vil assassinato do franchise em questão, em suma “The Predator” não é mais do que cento e sete minutos de puro lixo cinematográfico. Os responsáveis pela realização desta aberração deviam-se auto-excluír de qualquer ligação ao cinema durante um vasto período.  

2.5/10

Jumanji: Welcome to the Jungle (2017)


Demorei bastante tempo até arranjar a coragem suficiente para ver este filme, e posso agora convictamente dizer que o meu receio acerca do mesmo era justificado. “Jumanji: Welcome to the Jungle” é um exemplo perfeito (mais um) do que tem tornado o cinema (made in Hollywood), um total e completo desrespeito pela sétima arte, fechado em si mesmo numa espécie de bolha completamente díspar do cinema independente, onde o objectivo primordial é sempre captar mais uns milhões ao publico do centro comercial e da pipoca. “Jumanji: Welcome to the Jungle” pertence de facto a um género de filmes que não me cativa particularmente mas isso por si só não tem de ser um “defeito”. Remonta já a 1995 o primeiro “Jumanji” que conta entre outros com a participação de Robin Williams e Kirsten Dunst e não sendo um filme extraordinário, teve alguns pontos positivos e quando comparado com “Jumanji: Welcome to the Jungle” eles ainda ficam mais evidentes, é mesmo uma tarefa quase impraticável encontrar pontos positivos nesta sequela, pois ao argumento banalíssimo e “semi-plagiado” do filme original, personagens completamente desinteressantes e aborrecidas, interpretações vulgares e forçadas (tenho alguma dificuldade em catalogar Jack Black e Dwayne Johnson como verdadeiros actores), acção completamente previsível podem-se ainda juntar os já habituais e entediantes romances que apenas servem para tornar o filme ainda mais enfadonho. “Jumanji: Welcome to the Jungle” é um verdadeiro desastre “calculado”, pois era bastante expectável numa sequela após 22 anos.

4.5/10

domingo, 16 de dezembro de 2018

The Haunting of Hill House (Season 1) (2018)


Já aqui afirmei variadíssimas vezes, Terror não é um género que me cative particularmente e, é até estranho pensar numa série de Terror, no entanto após receber várias críticas positivas acerca de The Haunting of Hill House fui ver para tirar as minhas próprias conclusões. The Haunting of Hill House surpreende e de que maneira, porque apesar do tema central (casas assombradas) já ter sido explorado até à exaustão no cinema, esta abordagem é verdadeiramente nova e refrescante. Uma família composta pelos pais e cinco filhos (3 raparigas e 2 rapazes, onde os 2 mais novos são gémeos) têm uma experiencia realmente marcante em Hill House, no entanto a acção da série não se esfuma aí pois isto passa-se no passado e existe um constante paralelismo com o presente tendo sempre em conta o quanto a estadia em Hill House interferiu decisivamente com a vida de cada membro desta família. Praticamente em cada episódio o foco é sobre um determinado elemento da família o que dá uma perspectiva completamente diferente sobre a série a cada novo episódio, personagens essas bastante ricas em conteúdo e profundidade. The Haunting of Hill House é sem dúvida uma série que agarra o espectador numa questão de minutos, tem como o único senão o seu final um tanto ou quanto decepcionante depois da crescente espectativa criada com o passar dos episódios.

7.5/10

Counterpart - (Season 1) (2018)


Tomei conhecimento desta série através da notícia que o português Filipe Carvalho tinha ganho um Emmy na realização do genérico inicial da mesma, e depois de perceber quem protagonizava a série (J.K. Simmons) percebi também que tinha de a ver. Counterpart é uma série que encaixa numa espécie de Sci-Fi Noir onde a química entra o argumento futurista e o ambiente de espionagem retro é perfeita. A ideia central da série é extraordinária e original, no edifício de uma organização secreta governamental em Berlim, cerca de 30 anos antes foi descoberta uma passagem para um “mundo” que é uma réplica do nosso, pairando no ar a duvida se esse mundo sempre existiu ou se foi a própria descoberta dessa passagem que o criou, o que é indesmentível é que a partir desse esse dia tudo foi diferente. J.K. Simmons está como é hábito, simplesmente brilhante e não em uma, mas em duas interpretações distintas pois existe uma réplica de cada pessoa nesse mundo paralelo. Uma série criativa, interessante, inteligente bastante evoluída cinematograficamente.

7.5/10

Venom (2018)


Seguramente um dos filmes mais falados e “criticados” do ano. É habitual que neste tipo de filmes as opiniões se polarizarem com frequência, vou no entanto tentar contrariar essa tendência. “Venom” não é o típico filme do Universo Marvel, acho que isso se pode considerar factual, não encaixa de todo nessa formula e não há qualquer relação ou referencia ao mesmo durante o filme, dito isto “Venom” também não é um filme que surpreenda pela positiva, digamos que é um filme traído pelas suas inconsistências, desde logo os diálogos miseráveis e a constante pressa em desenvolver o argumento, deixando a sensação que tudo tem de acontecer a uma velocidade vertiginosa. Ao contrário do que li sobre o filme também não achei a interpretação de Tom Hardy (Venom) nada de impressionante, apenas razoável e incomparavelmente mais fraca do que a que fez do vil Bane em “The Dark Knight Rises”. Os efeitos visuais esses sim são de excelência e tem um decisivo contributo no sucesso do filme. Destaco ainda a irritante e infantil voz de Venom e o medíocre e forçado humor do filme. Ressalvo por ultimo que “Venom” levou um corte significativo nas suas cenas mais violentas em prol de se poder baixar a idade mínima nos cinemas, o que me leva a acreditar que a sua versão “primária” provavelmente teria mais consistência. 

6/10