terça-feira, 24 de julho de 2018

Between The Buried And Me - Automata II (2018)

Depois de já este ano os Between The Buried And Me terem lançado “Automata I”, é lançado agora uma espécie de segunda parte do álbum com o obvio nome de “Automata II”. Não faz para mim qualquer sentido esta divisão de músicas para se obter 2 álbuns no mesmo ano até porque juntado as musicas dariam um total de 10, um número perfeitamente usual. Pode-se praticamente falar das (poucas) faixas de “Automata II” individualmente sendo que “The Grid” e “The Proverbial Bellow” encaixariam perfeitamente em “Automata I” banhadas num Rock Progressivo Melódico que não esconde as similaridades com Riverside, já “Gilde” é apenas uma espécie de entrada para a sensacional “Voice Of Trespass”, de longe a melhor musica de “Automata I” e “Automata II”, bebendo de um Progressivo ultra Experimental com partes a fazer lembrar os melhores tempos da banda onde o caótico e o aleatório eram a essência dos Between The Buried And Me, simplesmente genial esta faixa, acaba por ser no entanto a única deste nível infelizmente. 

7/10



segunda-feira, 23 de julho de 2018

Immortal - Northern Chaos Gods (2018)


Dentro da indignação generalizada acerca do “tímido” verão que teima em assim continuar e quase como fosse a razão para este bizarro acontecimento eis que chega o novo e impetuoso álbum dos gélidos Immortal. Depois de uma década bastante turbulenta e do definitivo divórcio com Abbath, o recuperado Demonaz e Horgh decidiram em tempo útil que “All Shal Fall” não seria um ponto final na carreira da banda, que o futuro continua incerto e quiçá risonho para os Immortal. O álbum chamasse “Northern Chaos Gods” e é fácil perceber logo na primeira audição que estamos perante um dos melhores álbuns da banda e provavelmente o melhor álbum de 2018. “Northern Chaos Gods” eleva bastante alto as melhores características da banda, os riffs poderosos, sinistros e contundentes, o infernal ritmo de bateria e uma vocalização rasgada e raivosa a cargo agora de Demonaz. O Black Metal Norueguês tem de facto sofrido inacreditáveis transformações sendo consequência disso a perda de bandas influentes na sua vertente mais tradicional, onde os Immortal são claramente neste momento uma espécie de bastião impenetrável. “Northern Chaos Gods” é na verdadeira ascensão da palavra um álbum imaculado sendo difícil destacar alguma faixa, no entanto “Into Battle Ride”, “Grim And Dark” e “Mighty Ravendark” vão futuramente ser lembrados como “hinos” no Black Metal

8.5/10

terça-feira, 3 de julho de 2018

Nine Inch Nails - Bad Witch [EP] (2018)


Passou quase despercebido mas não totalmente, os imprevisíveis Nine Inch Nails lançaram no passado Junho o seu mais recente EPBad Witch” como conclusão de uma anunciada trilogia (“Not TheActual Events”, “Add Violence” e este “Bad Witch”). Se foi incrivelmente proveitoso para Trent Reznor a sua união com Atticus Ross, valendo-lhe na altura até a atribuição de um Óscar no filme “Social Network” tem sido em simultâneo ruinoso para os Nine Inch Nails, sim ruinoso é a palavra-chave, outrora pioneiros de um Industrial criativo, apelativo, orgásmico e imprevisível, após o lançamento de “The Fragile” a banda tem-se agonizado numa verdadeira torrente de EP’s a álbuns de qualidade muito mas mesmo muito questionável tendo essa qualidade piorado vertiginosamente após a influência de Atticus Ross como já foi referido, “Bad Witch” é apenas mais um capitulo nesta história. “Bad Witch” está afogado numa espécie de Synth-Pop ambiental com claras alusões a uma fase específica da carreira de David Bowie, onde o Electrónico ocupa agora o lugar do Industrial e onde o ambiente sereno veio substituir o caos, pois bem parece-me que enquanto os Depeche Mode são na verdade os adultos desta “dimensão” já há algum tempo, Trent e Ross estão ainda a entrar na adolescência. 

5/10

Novo aspecto e nova secção.



Os mais atentos ao Espelho Distópico, com certeza já repararam nas novas alterações, pois tal como prometido na altura em que o Blog fez 2 anos. O layout foi alterado e foi também criada mais uma secção (“Why So Serious”) que vai ser dedicada a séries, pois na última década elas ganharam um élan incontornável e vão finalmente ter aqui o merecido destaque. Espero que a nova “maquilhagem” seja mais apelativa e que traga mais leitores. Mais uma vez um sincero obrigado aos visitantes do Espelho Distópico, tanto os mais assíduos como os mais esporádicos. A nova secção vai ter o seu post inaugural muito em breve.