terça-feira, 28 de agosto de 2018

Alice In Chains - Rainier Fog (2018)


Depois de uma dura, pensada e prolongada paragem de 14 anos principalmente devido à trágica morte do incomparável Layne Staley, os Alice In Chains ressuscitaram para a música com a incorporação de um novo vocalista (William DuVall) e se no início desta espécie de segunda vida da banda a desconfiança abundava, por estes dias acho que é seguro dizer que a banda teve uma decisão ponderada e acertada. Depois de “Black Gives Way To Blue” e “The Devil Put Dinosaurs Here” chega este “Rainier Fog”, talvez o álbum mais esperado de 2018. Os Alice In Chains são no mais puro sentido da palavra uma banda única e se no passado foram categorizados essencialmente como Grunge são actualmente reconhecidos por um estilo muito mais complexo e denso onde o Grunge se funde com o Heavy Metal embora me pareça que sempre assim foi. “Rainier Fog” não é perfeito nem sequer é superior a “The Devil Put Dinosaurs Here” na minha opinião, é ainda assim um excelente álbum na mesma, o mítico Jerry Cantrell guia mais uma vez a banda com os seus riffs intensos, profundos e vincados onde a cada nova passagem do álbum parece que ganham sempre mais consistência. Musicas como o tema título “Rainer Fog”, “Deaf Ears Blind Eyes” ou “So Far Under” são apenas mais umas perolas que deixam ficar no ar a sensação de uma volta às origens por parte da banda. Os Alice In Chains estão de volta e reforçam mais uma vez a sua posição no espectro da música mais pesada. 

7.5/10

sábado, 25 de agosto de 2018

Mantar - The Modern Art Of Setting Ablaze (2018)


Em plena época de verão e de mergulhos, o meu mergulho tem sido profundo no Sludge Metal e a mais recente “descoberta” são os Germânicos Mantar que acabam de lançar o seu terceiro álbum de originais de seu nome “The Modern Art Of Setting Ablaze”. Confesso que não consigo parar de ouvir o álbum, viciante, agressivo, cru e denso com riffs verdadeiramente infernais e refrescantes em simultâneo. Os Mantar assentam o seu som num Sludge bastante dinâmico com múltiplas influências que vão desde o Black Metal no mesmo espectro dos Lord Mantis e The Lion’s Daughter (já bastante esmiuçados aqui no Blog), Crust Punk e até Stoner esporadicamente. “Age Of The Absurd”, “Taurus”, “Midgard Serpent (Seasons of Failure) ”, “Obey The Obscene” e “The Formation Of Night” são todas elas musicas magnificas onde a predominância dos impressionantes e carismáticos riffs deixa ainda assim algum espaço à vocalização rasgada e sôfrega que dá o toque de excelência a “The Modern Art Of Setting Ablaze”. Ainda não acabou Agosto mas está para mim encontrado o melhor álbum de 2018. 

 9/10

sábado, 18 de agosto de 2018

Avengers: Infinity War (2018)



Então cá está mais um “Avengers” desta vez intitulado “Avengers: Infinity War”. O verdadeiro “filme de centro comercial”, onde se presume que ninguém acima dos 18 anos é suposto pertencer ao chamado público alvo. “Avengers: Infinity War” é o culminar dos vários filmes com o selo Marvel que se foram multiplicando no cinema nos últimos anos, portanto acho que é escusado usar o argumento da total falta de respeito pelas BD’s que supostamente inspiram estes filmes pois o corrupio de atropelos às histórias originais são tantos que era preciso um verdadeiro milagre para os desfazer. “Avengers: Infinity War” cruza como já foi referido, quase todo o Universo dos heróis Marvel contra o irrascível e ultra poderoso Thanos e a sua jornada em busca das 6 magníficas jóias do infinito., curiosamente foi a personagem que achei com mais carisma e com a interpretação mais consistente. Se em termos de acção e efeitos visuais “Avengers: Infinity War” enche o olho, já em termos de coerência do argumento, maturidade, tenacidade, mística e performance dos restantes actores, “Avengers: Infinity War” falha em toda a linha. O culmino de vários filmes medíocres dificilmente seria um filme de qualidade. 

5/10

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

A Quiet Place (2018)


Também uma ideia bastante original precede o argumento de “A Quiet Place”, num mundo onde aparentemente a população mundial foi quase toda dizimada por criaturas de extrema agressividade que são ultra sensíveis ao som, são capazes de detectar qualquer tipo de som por mínimo que seja a distâncias consideráveis, sendo a consequência disso um comportamento em que é proibitivo fazer sons de qualquer género, a única possibilidade de se poder fazer barulho é se este for camuflado por um barulho muito mais forte. A história do filme é centrada numa família que vai passar por situações limite neste contexto, um filme de Terror/Thriller que pode ter um efeito assustador nos espectadores mais “impreparados” mas que se vais tornando previsível e pouco clarificador para os cinéfilos dignos desse nome. Se “A Quiet Place” tem de facto uma premissa interessante, ela não é nem de perto nem de longe aproveitada como poderia e devia ter sido.  

6/10