domingo, 30 de junho de 2019

Gojira - Magma (2016)


Desta feita vou falar numa banda sobejamente conhecida mas que, pelas mais variadíssimas razoes nunca captou em definitivo a minha atenção, falo dos Gojira, pois decidi finalmente tentar perceber o porquê de todo o hype à volta da banda francesa e ouvir atentamente o seu último álbum de originais “Magma”. Os Gojira têm uma sonoridade que desperta sentimentos contraditórios pois se por vezes aparenta roçar uma sonoridade bastante comum no âmbito do Metal, noutros momentos parece claramente única e tecnicamente bastante exigente. Aparentemente “Magma” é o álbum mais melódico dos Gojira, no entanto a miscelânea entre riffs com uma clara estrutura de Math/Djent, uma obsessão pela temporização (duas especificidades a deixar transparecer a grande influência que a sonoridade dos Meshuggah exerce nos Gojira) e uma dicotomia entre a voz gutural típica do Death Metal com uma vocalização límpida de belo efeito. “Magma” não é um álbum perfeito, mas tem alma e intensidade mais que suficiente para camuflar uma inevitável dose de repetibilidade. Musicas como “Silvera” ou “Stranded” são difíceis de ignorar até para um céptico dos Gojira como eu. 

7/10

Schammasch - Contradition (2014)


Dois anos antes de “Triangle” os Schammasch lançavam o seu segundo álbum de originais de seu nome “Contradition” que desde logo provaria em definitivo a complexidade da banda. A primeira coisa que salta à vista em “Contradition” é sem dúvida a sua abrangente composição, que se em definitivo, tem por base o Black Metal, em cima disso tem uma verdadeira multiplicidade de influências que vão desde o Doom, Progressivo, Étnico ao Avant-garde. São notórias as inspirações dos Suíços em bandas tão díspares como Opeth, Code, Voices ou Deathspell Omega, onde a duplicidade na velocidade dos riffs é uma imagem de marca juntamente com a imponente e intensa vocalização. “Contradition” é pouco ortodoxo e invulgar demarcando-se desde logo de rótulos e comparações infrutíferas. Começou aqui o primeiro grande passo evolutivo dos Schammasch

7.5/10 

sábado, 29 de junho de 2019

This Gift Is A Curse - A Throne of Ash (2019)


Tal como prometido aqui fica o post sobre o novo trabalho dos This Gift Is A Curse de seu nome “A Throne of Ash”. Começo por dizer que os This Gift Is A Curse se superaram e de que maneira, se “All Hail The Swinelord” já demonstrava bastante qualidade o que dizer deste “A Throne of Ash”, até agora inquestionavelmente o álbum mais conseguido de 2019 na minha opinião. “A Throne of Ash” tem uma aura muito própria, carregada de densidade e magnetismo esplanada em descontroladas vagas de infame Black Metal em conluio com a robustez do Sludge. “A Throne of Ash” consegue ainda manter uma espécie de atmosfera ambiental constante e fluída que permanece em plano de fundo durante todo o álbum. É impossível descartar qualquer música de “A Throne of Ash”, pois o álbum é uniforme e mantem uma elevada qualidade em toda a sua duração, no entanto destaco as sublimes e imponentes “Blood is my Harvest “, “Thresholds” e “I Am Katharsis” como as faixas mais emblemáticas de “A Throne of Ash”.

9/10


               

quinta-feira, 13 de junho de 2019

The Dark Knight Rises (2012)


Para o términus do Franchise, Christopher Nolan guardou um leque de actores de grande nível em cima de um argumento sublime (quiçá o melhor dos três filmes). Alguns anos depois do caos que reinou em Gotham autoria do psicopata Joker e depois de Batman praticamente se ter retirado de acção surge um nova e terrível ameaça, o impetuoso e vingativo Bane (Tom Hardy). Bane trás consigo um minucioso e detalhado plano para devastar por completo Gotham e para torturar sem escrúpulos o seu adorado herói enquanto o executa, o que obriga Batman a adiar a sua “reforma” para mais uma vez sair em defesa dos inocentes e dos indefesos. Aos já conhecidos Gordon (Gary Oldman), Alfred (Michael Caine) e Fox (Morgan Freeman) juntam-se outros influentes personagens como John Blake (Joseph Gordon-Levitt), Miranda Tate (Marion Cotillard) e Selina Kyle (Anne Hathaway) que é também em simultâneo a Catwomen. The Dark Knight Rises tem efusivas e desenfreadas sequências de acção continuamente entrelaçadas com uma história suculenta e imperdível. Um final em grande para uma trilogia pensada e criada pelo mestre Christopher Nolan

9/10

The Dark Knight (2008)


Após três anos a nova trilogia de Batman volta a ter um novo desenvolvimento, desta vez o nosso herói entra em guerra aberta com a máfia de Gotham conseguindo uma importante aliança com o seu amigo de longa data Gordon (Gary Oldman) e com a nova coqueluche da procuradoria Harvey Dent (Aaron Eckhart) mas eis que entra em cena o seu mais emblemático arqui-inimigo (Joker) e tudo começa a sair fora de controlo. Falar de The Dark Knight é obrigatoriamente falar de Joker, a personagem central do filme e que por diversas circunstancias até se tornou mais importante que o próprio Batman neste filme. O Joker, que já tinha sido extraordinariamente sido interpretado por Jack Nicholson no primeiro Batman de Tim Burton ganha agora toda uma nova “roupagem” na versão de Christopher Nolan. Joker que foi genialmente interpretado pelo malogrado Heath Ledger (no que foi o seu ultimo papel) é completamente insano, instável, doentio, sociopata, sádico, caótico, maquiavélico e imprevisível. Joker dá de facto um especial toque de midas a um filme que já contava com um argumento intenso e cativante. The Dark Knight acabou por ser considerado o melhor filme da trilogia, tendo para isso, a personagem de Joker uma decisiva contribuição na minha opinião.

9/10