sábado, 26 de novembro de 2016

Superjoint - Caught up in the Gears of Application (2016)



Phil Anselmo e os seus 1000 projectos, Superjoint é apenas um deles. Anteriormente conhecidos por Superjoint Ritual já este ano a banda muda o nome para apenas Superjoint ao mesmo tempo que lança o seu novo trabalho “Caught up in the Gears of Application”. Para ser franco o álbum não é nada fácil de “digerir”, só depois de várias audições começa a “cativar os ouvidos”. “Caught up in the Gears of Application” assenta num Hardcore Punk sujo e com variações entre o Groove e o Sludge repescados de um Old School quase extinto que por vezes parece apenas existir nos projectos em que Phil Anselmo é o protagonista. “Sociopathic Herd Dillusion”, “Circling the Drain” e “Asshole” são músicas que se destacam onde o Groove parece mais proeminente. Falta talvez uma maior “amplitude sonora” aos Superjoint para chegarem a outros níveis de qualidade e de sucesso, mas provavelmente até não será esse um objectivo da banda pois iria contra a sua postura anti-sistema.

7/10

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Khonsu - The Xun Protectorate (2016)



Khonsu, a recente banda Norueguesa acaba de lançar o seu segundo álbum, “The Xun Protectorate” uma das boas surpresas de 2016 sem dúvida. “The Xun Protectorate” é uma espécie de evolução do primeiro álbum da banda “Anomalia”. A mistura explosiva entre Industrial e Black Metal que já era uma fórmula de sucesso entre outras bandas Norueguesas (Dodheimsgard, Thorns) foi “adoptada” à sua maneira pelos Khonsu, no entanto neste “The Xun Protectorate” estão também vincadas as influências do Electrónico a fazer lembrar Samael ou até os 2 últimos álbuns de Arcturus. Um dos méritos de “The Xun Protectorate” pode muito bem ser também um “defeito”, o exagero da variação da abordagem entre músicas dando a ideia que cada música pretende ser considerada por si só e não parte de um álbum, ainda assim é tão acentuada a falta de criatividade generalizada que talvez seja injusto uma critica por excesso da mesma. “Death of the Timekeeper” ou “Visions of Nehaya” são bons exemplos de excelentes músicas que vão certamente ajudar a prolongar o “domínio Norueguês” nestas ramificações do Black Metal. Ainda uma palavra para a espectacular capa do álbum. 

7.5/10

Dope - Blood Money Part 1 (2016)



Com muita pena minha até há pouco tempo desconhecia por completo os Dope devo admitir, no entanto não foi tarde de mais. Os Dope são assumidamente uma banda de Nu-Metal (nem sempre é fácil essa confissão), são óbvias as influências de Marilyn Manson, Rob Zombie e a injecção de Industrial (Static-X) ao longo da sua carreira. Chegados a 2016 depois de uma longa espera desde “No Regrets” os Dope lançam finalmente este “Blood Money Part 1”, e decididamente fica-se logo com a sensação que o álbum não é merecedor de tão longa espera. Se por um lado “Blood Money Part 1” se mantem fiel ao estilo e influências da banda também é verdade que tem temas a roçar o Emocore, falta de criatividade noutros e composições demasiado primitivas até mesmo para Nu-Metal, a própria vocalização podia e devia estar melhor (mais grave e sem a parafernália de efeitos). Em suma, “Blood Money Part 1” deixa bastante a desejar e até parece um pouco desactualizado no tempo tal não foi a demora na sua execução. Os Dope já provaram que são capazes de muito melhor. “Drug Music” e “Blood Money” são talvez os temas mais consistentes. 

5.5/10

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Metallica - Hardwired…to Self-Destruct (2016)



Para uns a “maior” banda do mundo para outros os “vendidos” mais famosos do Metal, por esta altura já devem ter adivinhado falo dos Metallica pois então. Negar a brutal influência que os Metallica tiveram na “abertura” do Metal ao mundo, será negar o óbvio no entanto não é esse o assunto do post mas sim o seu novíssimo álbum (sai hoje dia 18) “Hardwired…to Self-Destruct”. Depois de estarem na génese no chamado Bay Area Thrash Metal os Metallica foram aclamados quase unanimemente durante vários anos até aos controversos “Load”, “Reload” e “St. Anger”, seguindo-se “Death Magnetic” que é uma espécie “entrada” para este “Hardwired…to Self-Destruct”. Não sendo um álbum brilhante tem de facto temas bastante conseguidos e que ficam rapidamente no ouvido, estabilizado num “suave” Thrash “salteado” com Hark Rock, Heavy MetalMotorheadico” e até umas pitadas de Country muito similar ao produzido em “Death Magnetic” e já uma espécie de imagem de marca desta “fase” dos Metallica. “Moth Into Flame”, “Confusion” e “Here Comes Revenge” são temas obrigatórios a quem sendo ou não fã da banda consegue-se distanciar dos tão irritantes “dogmas musicais”. 

7/10

In Flames - Battles (2016)



Nem a propósito, ainda no post anterior foram referidos, falo pois dos In Flames e do seu “Battles” acabadinho de sair do “forno”. Perdi um certo tempo a tentar o adjectivo mais apropriado para designar este “Battles” e infelizmente a minha decisão vai recair em “intragável”. Há já algum tempo que os In Flames tentam arranjar solução para sair da monotonia do intitulado Gothemburg Metal, mas decididamente o seu resvalamento para este híbrido de Emocore/Rock Pseudo-Alternativo nunca será uma via credível. É preciso muita displicência dos In Flames para acreditar que um álbum alicerçado por riffs completamente banais e sem ponta de originalidade, composições em que a criatividade é nula acompanhadas por vezes de coros ridículos, um verdadeiro marasmo sem chama nem alma seria bem-sucedido. “Battles” parece um álbum em que o público-alvo são os fãs de Avril Lavigne em que as músicas se sucedem mas é árdua a tarefa de descobrir as diferenças ente elas. É triste ver ao que chegaram os autores de “The Jester Race” e “Reroute To Remain”. Destaco “Wallflower” como a música mais “comestível” do álbum.

4.5/10