sexta-feira, 30 de junho de 2023

Guardians of the Galaxy Vol. 3 (2023)

Seis anos depois de ‘Guardians of the Galaxy Vol. 2’ o franchise voltar a “engordar” com mais um capitulo, ‘Guardians of the Galaxy Vol. 3’. Desta feita o foco do filme deixa de ser o líder Starlord (a.k.a. Peter Quill/Chris Prat) e passa a ser o emblemático Rocket. Até agora a origem de Rocket era completamente desconhecida todavia essa mesma origem é agora revelada, aparentemente Rocket era um guaxinim normalíssimo que foi (entre muitos outros animais) capturado pelo lunático Alto Evolucionário (um ser completamente obcecado pela evolução das espécies), depois de capturado Rocket foi tal como muitos outras criaturas, sujeito a dolorosas experiências genéticas promovidas pelo irrascível Alto Evolucionário. A pertinência do Alto Evolucionário em reencontrar a sua cobaia favorita (Rocket) leva-o a um esperado e inevitável confronto com os nossos protagonistas (Guardians of the Galaxy). Percebe-se facilmente que existe uma infrutífera tentativa de inserir drama e autenticidade em ‘Guardians of the Galaxy Vol. 3’, pelo menos se tentarmos comparar com os outros capítulos do franchise todavia essa mesma tentativa acaba por ser sabotada pela insistência num humor despropositado e com laivos de estupidez. Ao contrario de Kang em ‘Ant-Man and the Wasp: Quantumania’ o perfil traçado para o Alto Evolucionário também me parece completamente inadequando, o Alto Evolucionário da BD é um indivíduo frio e calculista que age apenas com base no seu intelecto ignorando por completo qualquer tipo de emoção, ou seja, quase o oposto no que nos é apresentado em ‘Guardians of the Galaxy Vol. 3’. Um ultimo reparo para as sequencias de acção do filme que apesar de toda a sua espectacularidade não conseguem camuflar superlativa falta de lógica que as devia suportar e até justificar. 

5.5/10

 

quinta-feira, 29 de junho de 2023

The Super Mario Bros. Movie (2023)

Era apenas uma questão de tempo, depois da estreia em cinema do ícone da SEGA (Sonic) em ‘Sonic the Hedgehog’ era bastante previsível suceder uma resposta à altura por parte da Nintendo e eis que cerca de um ano depois de ‘Sonic the Hedgehog 2’ chega finalmente aos cinemas ‘The Super Mario Bros. Movie’. Ora, ainda que partilhem a mesma lógica comercial e estrutural ‘Sonic the Hedgehog’ e ‘The Super Mario Bros. Movie’ têm também as suas diferenças, desde logo o facto de ao contrário de ‘Sonic the Hedgehog’ ‘The Super Mario Bros. Movie’ ser na íntegra um filme de animação não restando espaço para o chamado ‘live action’. Outro contraste entre os dois filmes é que ‘The Super Mario Bros. Movie’ já não é a primeira tentativa de trazer a mais famosa dupla de canalizadores para o cinema, sim essa penosa e fracassada estreia no cinema remonta ao ano de 1993 com ‘Super Mario Bros.’, um absoluto desastre cinematográfico. Com um argumento ligeiramente adulterado para efeitos de cinema e efeitos especiais competentes e adequados ‘The Super Mario Bros. Movie’ não desilude de todo, apesar do seu público-alvo estar perfeitamente identificado o filme serve perfeitamente como entretenimento para espectadores de todas a idades. 

7/10

[Sample]

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Shazam! Fury of the Gods (2023)

O grande desafio ao escrever a review de ‘Shazam! Fury of the Gods’ é tentar perceber se o filme consegue ser ainda pior que o seu antecessor ‘Shazam!’, pelo que tenho vindo a perceber na maior parte das reviews isso parece ser um dado adquirido, contudo no meu caso isso é bastante discutível dado que a minha opinião sobre ‘Shazam!’ é que o filme está muito para lá de medíocre. Desta feita o nosso herói (Shazam) enfrenta um triunvirato de deusas ancestrais da antiga Grécia (Anthea, Kalypso e Hespera) que estão em modo vingativo por qualquer razão, todavia desta vez Shazam faz-se acompanhar de cinco (sim leram bem) sidekicks que durante todo o filme vão perdendo e recuperando os poderes a um ritmo difícil de acompanhar. ‘Shazam! Fury of the Gods’ resgata todos os problemas do seu antecessor e ainda lhe soma mais alguns sendo que a única excepção é mesmo uma ligeira melhoria no trabalho de C.G.I. Diálogos completamente inócuos escritos de forma amadora e displicente, personagens totalmente vazias e irritantes e um argumento altamente desinteressante e aborrecido fazem de ‘Shazam! Fury of the Gods’ mais um filme descartável, apenas mais um dia no mundo do cinema fast-food. 

4/10

terça-feira, 27 de junho de 2023

Herod - Iconoclast (2023)

Iconoclast’ é o terceiro álbum do quarteto Suíço Herod, uma banda que tem de alguma forma passado despercebida mas que com esta ‘bomba’ dificilmente vai continuar no anonimato. Liderados pelo vocalista Michael Pilat (talvez mais conhecido pelas suas vocalizações em ‘Fluxion’ e ‘Precambriam’ dos The Ocean), os Herod lançaram no passado mês de maio o seu terceiro álbum de originais ‘Iconoclast’, um álbum que representa não só uma espécie de manifesto do Metal moderno como também uma inatacável obra de excelência musical. Na miscelânea sonora adoptada pelos Herod são reconhecíveis, o Post-Metal, o Sludge Metal o Djent e o Progressivo, traços sonoros que vão desde os Meshuggah aos The Ocean passado pelos Gojira entre outros. ‘Iconoclast’ vive de uma intensidade arrebatadora altamente sedutora e aditiva, a mistura entre a imponência do peso e a magnitude de uma emotividade simultaneamente exasperante e acolhedora concebida de forma meticulosa e dinâmica. Tenho de destacar ‘The Edifice’, um tema monolítico e arrebatador que conta com a participação de Matt McGachy dos ícones do Technical Death Metal Cryptopsy e ‘The Ode to..’, talvez o tema mais ‘fora da caixa’ de ‘Iconoclast’ até porque conta com a participação do coro feminino Búlgaro Le Mystère des Voix Bulgares. ‘Iconoclast’ termina no seu ponto mais alto com a faixa que faz estremecer as fundações do mais sólido dos pilares de betão (‘The Propechy’), pois Michael Pilat é acompanhado por Loïc Rossetti (o actual vocalista dos The Ocean) ,imagine-se. ‘The Propechy’ encerra de forma apropriada um álbum que tem tudo para ser dos mais marcantes do ano. 

9/10 

[Sample]

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Devildriver - Dealing With Demons Vol. II (2023)

Confesso que nunca mostrei grande entusiamo por álbuns duplos ou projectados em duas partes, as razões para tal falta de entusiamo são várias e advêm da experiencia pessoal, dito isto vamos em força analisar ‘Dealing With Demons Vol. II’, o décimo álbum de originais dos Norte-Americanos Devildriver. Passaram-se três anos após o lançamento do primeiro volume de ‘Dealing With Demons’ e é difícil concluir se os temas já estavam todos delineados à partida ou se a banda liderada por Dez Farara compôs as duas partes em alturas distintas. O grande “handicap” dos Devildriver prede-se com o facto de a banda ter bastante dificuldade para sair da sua zona de conforto, a amálgama sonora assente no Gothenburg Metal/Groove Thrash Metal que a banda tão bem domina continua também a ser a sua “prisão musical”. É importante salientar que ao contrário de outras bandas os Devildriver têm tentado por diversas vezes inovar as suas sonoridades (‘Dealing With Demons Vol. II’ é um bom exemplo disso), contudo o resultado acaba por ser insatisfatório. ‘Dealing With Demons Vol. II’ acaba por ser um álbum com qualidades próprias mas com os defeitos já habituais, três ou quatro temas orelhudos que potenciam uma jovem e inexperiente raiva acumulada mas que se diluem nas repetidas audições absorvidos por uma maioria de faixas efémeras e demasiado convencionais. 

7/10

[Sample]