Mostrar mensagens com a etiqueta Slipknot. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Slipknot. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 18 de outubro de 2022

Slipknot - The End, So Far (2022)

É altura para analisar dois dos lançamentos mais esperados de 2022, duas bandas de créditos mais que firmados na música mais pesada “made in U.S.A.”, começando por ‘The End, So Far’ dos emblemáticos Slipknot. Há muito para falar acerca ‘The End, So Far’, o sétimo trabalho dos Norte-Americanos Slipknot, foram vários os acontecimentos que precederam o lançamento do álbum, desde logo a precoce e impropria divulgação da “setlist”, passando pelo desaparecimento do seu lendário ex-baterista Joey Jordison até aos rumores que a banda apenas compôs ‘The End, So Far’ para cumprir obrigações contratuais, teoria alimentada pelo sugestivo título do álbum. Nesta era pós ‘All Hope Is Gone’ ‘The End, So Far’ partilha uma tendência que já tinha sido evidente em ‘We Are Not Your Kind’, a latente incapacidade da banda para produzir temas marcantes, verdadeiros singles ou clássicos instantâneos se preferirem, desde ‘5: The Gray Chapter’ que isso simplesmente não acontece. Todavia ‘The End, So Far’ tem fraquezas muito próprias começando por uma que é quase paradoxal, de alguma forma os Slipknot conseguem simultaneamente apresentar uma inovação residual ou inexistente com muita repetição e rearranjo de temas previamente compostos pela banda (a colagem de ‘The Dying Song (Time To Sing)’ a ‘Wait And Bleed’ é um excelente exemplo) com uma estranha e contranatura afinação das guitarras, particularmente perceptível em faixas como ‘Medicine For The Dead’, ‘Acidic’ e ‘Heirloom’. Outra fragilidade de  The End, So Far’ tem a ver com a duplicidade das vocalizações de Corey Taylor, se já ouve alturas em que isso foi claramente um factor decisivo na qualidade final do álbum (‘Vol 3: The Subliminal Verses’) desta feita existe uma desconcertante falta de objectividade acerca da altura onde mais acertado Corey usar a sua voz na vertente “limpa”, apesar deste problema não ser linear durante todo o álbum (‘Medicine For The Dead’ é um bom exemplo do contrário) ainda assim é mais um factor que por certo não ajuda no resultado final. Com tudo isto até pode ficar a ideia que  The End, So Far’ é um álbum medíocre o que de forma geral não é de todo verdade, eu diria mesmo que até apresenta uma qualidade mais uniforme do que o seu antecessor.       

7/10

[Sample] 

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Slipknot - We Are Not Your Kind (2019)


Só não é o álbum mais aguardado do ano porque coincide com o ano em que os Tool finalmente também o vão fazer, falo de “We Are Not Your Kind” o novíssimo álbum dos intrépidos Slipknot. Se existe banda com uma perseverança fora do comum são sem dúvida os Slipknot, sobreviventes do desmoronamento do Nu-Metal e à perda de vários elementos (o ultimo foi Chris Fehn) alguns até considerados chave, os Slipknot continuam a teimar em subsistir, e com a chegada de 2019 chega também a altura do sucessor de “5: The Gray Chapter” ver a luz do dia. “We Are Not Your Kind” é um álbum difícil de compreender e de digerir, não que tenha uma sonoridade particularmente arriscada ou experimentalista, mas sim porque a sensação que fica logo de imediato após a primeira abordagem ao álbum é de uma obvia escassez de faixas épicas ou pelo menos marcantes, algo que os Slipknot sempre nos foram habituando, se em todos os álbuns da banda acabam sempre por haver faixas irrelevantes, também é verdade que em qualquer um deles existe pelo menos um “clássico instantâneo”, pode-se dizer que “We Are Not Your Kind” é pioneiro num péssimo sentido. Se os singles “Unsainted” e “Solway Firth” juntamente com “Orphan” são músicas interessantes, com poder e alguma aura inerente, isso não se replica às restantes faixas do álbum e algumas ("A Liar's Funeral", “Spiders” e/ou “My Pain” por exemplo) parecem mesmo completamente fora de contexto. A veleidade de Corey Taylor em continuar a abusar dos coros (tal como faz nos seus Stone Sour) parece-me também ser uma contribuição negativa para “We Are Not Your Kind” e fica ainda por explicar o porque de num álbum com uma qualidade tão titubeante foi possível os Slipknot excluírem a excelente malha “All Out Life” lançada 2 meses antes. Em jeito de conclusão “We Are Not Your Kind” vai ser um álbum que com o passar do tempo vai facilmente cair no esquecimento. 

6.5/10

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Slipknot - 5: The Gray Chapter (2014)



Os Slipknot são sem dúvida uma banda a que ninguém fica indiferente. Amada pelas gerações que acompanharam o “boom” do “Nu-Metal” e odiada pelos metálicos mais old-school. Para mim nos “bastidores” da parafernália das máscaras, dos fatos, dos elementos “extra”, há sem dúvida música com qualidade, dizer o contrário seria mera hipocrisia. Este quinto álbum chega no êxtase de turbulência da banda, muitos projectos paralelos dos seus principais elementos (Stone Sour, Scar The Martyr etc.), a saída do baterista Joey Jordison e o desaparecimento (R.I.P.) do seu baixista Paul Gray, por todas essas razões eu presumi que “All Hope Is Gone” iria ser o último álbum da banda, no entanto estava enganado. Este “5: The Gray Chapter” (uma clara alusão a Paul Gray) provou vir a ser uma das boas surpresas de 2014, não é um álbum consensual nem que fique no ouvido à primeira audição…longe disso mas não deixa de ser um álbum bastante conseguido. Há de tudo um pouco, desde as músicas mais directas (típicas da banda) como “Lech” e “Custer” às mais melódicas como “Override” e “The One That Kills The Least” e á profundidade de “The Negative One”. Pode-se dizer que a dificílima mudança de baterista foi um sucesso e que os Slipknot sobreviveram á anunciada “morte” do Nu-Metal com distinção.
   
7.5/10