Só não é o álbum mais aguardado
do ano porque coincide com o ano em que os Tool
finalmente também o vão fazer, falo de “We Are Not Your Kind” o novíssimo álbum dos intrépidos Slipknot. Se existe banda com uma
perseverança fora do comum são sem dúvida os Slipknot, sobreviventes do desmoronamento do Nu-Metal e à perda de vários elementos (o ultimo foi Chris Fehn) alguns até considerados chave, os Slipknot continuam a teimar em subsistir,
e com a chegada de 2019 chega também a altura do sucessor de “5: The Gray Chapter” ver a luz do dia. “We Are Not Your Kind” é um álbum difícil
de compreender e de digerir, não que tenha uma sonoridade particularmente
arriscada ou experimentalista, mas sim porque a sensação que fica logo de
imediato após a primeira abordagem ao álbum é de uma obvia escassez de faixas
épicas ou pelo menos marcantes, algo que os Slipknot sempre nos foram habituando, se em todos os álbuns da
banda acabam sempre por haver faixas irrelevantes, também é verdade que em qualquer
um deles existe pelo menos um “clássico instantâneo”, pode-se dizer que “We Are Not Your Kind” é pioneiro num péssimo
sentido. Se os singles “Unsainted” e
“Solway Firth” juntamente com “Orphan” são músicas interessantes, com
poder e alguma aura inerente, isso não se replica às restantes faixas do álbum e
algumas ("A Liar's Funeral",
“Spiders” e/ou “My Pain” por exemplo) parecem mesmo completamente fora de contexto.
A veleidade de Corey Taylor em
continuar a abusar dos coros (tal como faz nos seus Stone Sour) parece-me também ser uma contribuição negativa para “We Are Not Your Kind” e fica ainda por explicar o porque de num álbum com uma
qualidade tão titubeante foi possível os Slipknot
excluírem a excelente malha “All Out
Life” lançada 2 meses antes. Em jeito de conclusão “We Are Not Your Kind” vai ser um álbum que com o passar do tempo
vai facilmente cair no esquecimento.
6.5/10
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