domingo, 11 de agosto de 2019

The Big Bang Theory (Season 1 - Season 12) (2007-2018)


Uma das séries que chegou ao fim em 2018 foi a conceituada série de comédia The Big Bang Theory, que durante mais de uma década foi fielmente acompanhada pelos apreciadores do género e não só.

                É praticamente inviável falar de todas as Seasons (12) singularmente, no entanto é perfeitamente possível elaborar uma crítica abordando várias fases da série o mais resumidamente possível.

                A ideia original da série é verdadeiramente refrescante e original, quatro amigos do mais nerd que se possa imaginar trabalham no mesmo local (um faculdade) e cada um tem as suas particularidades sendo tem em comum principalmente o gosto pelas ciências e pela ficção. Sheldon é sem dúvida o epicentro de The Big Bang Theory pois as suas peculiaridades são no mínimo excêntricas. A sua personalidade onde se destaca a ausência de “social skills” junto ao seu feito irritante e sabichão dão-lhe um protagonismo incontornável. Leonard é o seu colega de apartamento, submisso e com uma auto-estima titubeante é uma espécie de baby-sitter de Sheldon, temos ainda Howard Wolowitz, o Engenheiro que mais tarde se torna astronauta, e Raj (Rajesh Koothrappali) que, qual romântico incurável, procura desenfreadamente o amor apesar de não se conseguir exprimir na presença de raparigas. Logo na Season 1 é também introduzida a personagem de Penny, a ultra sexy vizinha de Sheldon e Leonard que nada tem de nerd e para quem tudo o que seja facto científico lhe passa completamente ao aldo. Durante as 3 primeiras Seasons o foco não varia muito disto e a série vai tendo momentos verdadeiramente geniais e de comédia bastante evoluída, em paralelo com isto vai-se desenvolvendo uma forte paixão de Leonard por Penny, seria esta a melhor fase de The Big Bang Theory.

                A partir da Season 3 começaram a ser introduzidas novas personagens e coincidentemente ou não a série começou gradualmente a perder qualidade. Bernadette, a pequena e super irritante mulher de Wolowitz, Stuart (uma personagem que eu adoro particularmente), o deprimente e conformado dono da loja de BD’s e Amy, a brilhante mas pouco popular Neurocientista que captou definitivamente a atenção de Sheldon. Tal como em muitas outras séries com este formato a longevidade da mesma representa mais dinheiro em caixa, mas também uma forte e inevitável saturação consequência da escassez de novas ideias.

                Desde a Season 3 até à 12 nota-se um progressivo e lento declínio pois as situações verdadeiramente hilariantes quase sempre em torno de Sheldon foram paulatinamente sendo substituídas por problemas “domésticos” dos vários casais e o foco passou cada vez mais a ser os relacionamentos entre as personagens, o que se por um lado manteve a série no ar durante um tempo considerável por outro a anunciada quebra de qualidade foi-se evidenciando cada vez mais. Em suma, uma série com uma ideia base bastante criativa e original mas que se perpetuou durante demasiado tempo. 

7.5/10

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