Uma das séries que chegou ao fim
em 2018 foi a conceituada série de comédia The
Big Bang Theory, que durante mais de uma década foi fielmente acompanhada
pelos apreciadores do género e não só.
É
praticamente inviável falar de todas as Seasons
(12) singularmente, no entanto é perfeitamente possível elaborar uma crítica
abordando várias fases da série o mais resumidamente possível.
A
ideia original da série é verdadeiramente refrescante e original, quatro amigos
do mais nerd que se possa imaginar
trabalham no mesmo local (um faculdade) e cada um tem as suas particularidades
sendo tem em comum principalmente o gosto pelas ciências e pela ficção. Sheldon é sem dúvida o epicentro de The Big Bang Theory pois as suas
peculiaridades são no mínimo excêntricas. A sua personalidade onde se destaca a
ausência de “social skills” junto ao seu feito irritante e sabichão dão-lhe um
protagonismo incontornável. Leonard
é o seu colega de apartamento, submisso e com uma auto-estima titubeante é uma espécie
de baby-sitter de Sheldon, temos
ainda Howard Wolowitz, o Engenheiro
que mais tarde se torna astronauta, e Raj
(Rajesh Koothrappali) que, qual romântico incurável, procura
desenfreadamente o amor apesar de não se conseguir exprimir na presença de
raparigas. Logo na Season 1 é também
introduzida a personagem de Penny, a
ultra sexy vizinha de Sheldon e Leonard que nada tem de nerd e para quem tudo o que seja facto científico
lhe passa completamente ao aldo. Durante as 3 primeiras Seasons o foco não
varia muito disto e a série vai tendo momentos verdadeiramente geniais e de
comédia bastante evoluída, em paralelo com isto vai-se desenvolvendo uma forte
paixão de Leonard por Penny, seria esta a melhor fase de The Big Bang Theory.
A
partir da Season 3 começaram a ser
introduzidas novas personagens e coincidentemente ou não a série começou
gradualmente a perder qualidade. Bernadette,
a pequena e super irritante mulher de Wolowitz,
Stuart (uma personagem que eu adoro
particularmente), o deprimente e conformado dono da loja de BD’s e Amy, a brilhante mas pouco popular Neurocientista que captou
definitivamente a atenção de Sheldon.
Tal como em muitas outras séries com este formato a longevidade da mesma
representa mais dinheiro em caixa, mas também uma forte e inevitável saturação consequência
da escassez de novas ideias.
Desde
a Season 3 até à 12 nota-se um
progressivo e lento declínio pois as situações verdadeiramente hilariantes
quase sempre em torno de Sheldon
foram paulatinamente sendo substituídas por problemas “domésticos” dos vários
casais e o foco passou cada vez mais a ser os relacionamentos entre as
personagens, o que se por um lado manteve a série no ar durante um tempo considerável
por outro a anunciada quebra de qualidade foi-se evidenciando cada vez mais. Em
suma, uma série com uma ideia base bastante criativa e original mas que se perpetuou
durante demasiado tempo.
7.5/10
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