domingo, 26 de novembro de 2017

Outre - Ghost Chants (2015)



Do grande bastião do Death Metal mais devastador (a Polónia pois claro) eis que também surgem bandas que se destacam noutras sonoridades, um excelente exemplo disso são os Outre. O seu único álbum até ao momento (“Ghost Chants”) saiu em 2015 apesar de só recentemente ter captado a minha atenção. “Ghost Chants” é sem dúvida um álbum representativo do melhor que se faz no Black Metal actual, com uma secção rítmica sólida e com rapidez quando baste e uma voz que assenta muito bem na sonoridade pretendida pela banda é no entanto nas guitarras que os Outre têm o seu toque de Midas, uma conjugação de riffs infernais e sujos entrelaçados com outros muito mais melódicos a roçarem até o Avant-Garde dos Deathspell Omega. “Ghost Chants” é daqueles álbuns que é quase obrigatório se ouvir de uma ponta a outra porque todas as faixas tem a sua qualidade própria, no entanto sinto-me compelido a destacar “Chant 7. – Arrival” como uma das melhores musicas de Black Metal que já ouvi, simplesmente genial.

8/10

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Witchery - I Am Legion (2017)



Witchery, uma banda que aprecio particularmente, apenas um ano depois do seu último trabalho volta à carga com o novíssimo “I Am Legion”. Os Witchery continuam no seu estilo muito próprio, um Thrash carregado de Old School mas sempre com uma temática e uma vocalização a “gritar” Black Metal, sempre foram na minha opinião uma banda fortíssima em termos de guitarristas e isso não se modificou em “I Am Legion”, riffs verdadeiramente infernais e carismáticos do melhor que há no Thrash Metal continuam a ser o fio condutor dos Witchery como se pode comprovar facilmente em faixas como: “Welcome, Night”, “Dry Bones”, “Seraphic Terror” e “An Unexpected Guest”. Os Witchery nunca foram e provavelmente nunca serão uma banda revolucionária ou pioneira num determinado estilo no entanto tornaram-se verdadeiramente implacáveis no seu “habitat natural”.

7.5/10

domingo, 12 de novembro de 2017

Communic - Where Echoes Gather (2017)



Communic, a banda que tem vivido um pouco na sombra dos Nevermore mas com a extinção destes pode ter agora outro tipo de destaque. A espera foi longa (6 anos) mas os Communic estão de volta com “Where Echoes Gather”, um álbum conceptual e bastante ambicioso composto por várias músicas que tem duas partes, mantendo o seu estilo muito próprio de Metal Progressivo com umas breves passagens pelo Power ou pelo Thrash. “Where Echoes Gather” tem sem dúvida alguma qualidade mas parece-me a mim que poderia ser o álbum chave para a banda Norueguesa assumir outra importância no espectro Metálico Europeu. “Where Echoes Gather, Pt. 1: Beneath the Giant” é para mim a única musica que sobressai no álbum, que como já referi tem qualidade (tecnicamente é intratável como já é habito nos Communic) mas não tem genialidade, e que apos algumas audições se vai tornando aborrecido, provavelmente pela falta de variedade entre as faixas.

6.5/10

domingo, 5 de novembro de 2017

Moonspell - 1755 (2017)



Depois do que foi para mim uma grande desilusão com “Extinct” os Moonspell estão de volta, e se há mérito para a mais reconhecida banda de Metal portuguesa é precisamente a sua capacidade de se reinventarem, pois saiu na passada sexta-feira “1755” e desta vez os Moonspell mudaram tudo sem dúvida. Completamente diferente de “Extinct”, “1755” Como se percebe pelo nome é um álbum conceptual sobre o devastador terramoto que se abateu sobre Lisboa nesse preciso ano e pela primeira vez na sua já longa carreira completamente cantado em português. Estava bastante curioso sobre como iria soar este “1755” confesso, e se nas primeiras audições parece soar estranho, a conclusão é que o álbum tem de facto qualidade e sentido. Não renegando a sua matriz de Gothic Metal, “1755” está carregado de arranjos Sinfónicos e orquestrais (tão comuns em bandas como Therion ou Septicflesh) e coros que dão uma vertente obscura e religiosa que assenta e de que maneira no tema do álbum. Destaco “1755”, “Abanão”, “Ruínas” e “Todos Os Santos” como as melhores faixas.

7.5/10

Heart Attack - The Resilience (2017)



Já foi aqui referido por variadíssimas vezes que a França se tem destacado na música mais pesada, os Heart Attack são apenas e só mais um exemplo disso. No passado mês de Março saiu precisamente o segundo álbum da banda intitulado “The Resilience”, num registo que varia entre o Groove Thrash Metal e o Hardcore, típico de Lamb Of God ou até dos últimos álbuns de Testament, ou seja, um Thrash moderno, mais rápido e com uma sonoridade mais grave, ainda reminiscente do legado dos Pantera. Não sendo um álbum particularmente rico em variedade ou originalidade “The Resilience” é no entanto um álbum bastante conseguido com riffs rasgados e apelativos e uma secção rítmica com uma técnica muito apurada. “Burn My Flesh”, “Fight To Overcome”, “Sound And Light” e “Disorder” são músicas que ficam quase instantaneamente no ouvido de um qualquer apreciador de Thrash Metal com uma facilidade incrível. 

7/10