quarta-feira, 27 de julho de 2016

The Huntsman: Winter's War (2016)



Como uma espécie de sequela de “Snow White And The Huntsman” chega este ”The Huntsman: Winter's War” e tal como o seu antecessor deixa muito a desejar. Centrando-se num pseudodrama num ambiente de fantasia com algumas aproximações a um épico, o filme contra uma história paralela à fábula da Branca de Neve, mas nunca deixando o tom “filme para adolescentes” e despromovido de conteúdo e profundidade. Se a nível cinematográfico e até de efeitos visuais o filme apresenta um elevado padrão qualitativo, em termos de interpretações e de criatividade o filme é quase uma nulidade, uma história aborrecida e com poucos motivos de interesse. Enfim um filme de entretenimento para miúdos e que em pouco valoriza o cinema. 

5/10

Green Room (2015)



Bom este filme foi sem dúvida um gigante embuste, com criticas inacreditavelmente bastante positivas “Green Room” prometia ser uma agradável surpresa mas rapidamente se foi transformando em decepção. O filme basicamente não tem argumento ou se tem podia ser decalcado de qualquer filme como “The Last House On The Left” da última década. Efeitos visuais e sonoros dignos de um filme “low cost” de “Bollywood”, e interpretações de baixo nível fazem de “Green Room” um “case-study” de como ter boas críticas e passar por filme ”underrated” sem nunca o ser. Ainda se pode falar da apatia generalizada dos protagonistas durante todo o filme, que, quer seja para manter uma aparente calma ou apenas por incapacidade de interpretar certo tipo de emoções em nada se adequa ao que se esta a passar. Em suma um filme sem sentido nenhum, despromovido de conceito e sem qualquer outro motivo de interesse.

4/10

Batman v Superman: Dawn of Justice (2016)



Depois da “caixa de pandora” aberta, agora não há nada a fazer, os filmes de super heróis pululam por estes dias no cinema e a Banda Desenhada tem tido o condão de suavizar a completa e por demais evidente falta de ideias que paira em Hollywood e já aqui apontada vezes sem conta. “Batman v Superman: Dawn Of Justice” é o mais recente filme deste género associado à DC Comics. O filme tem uma versão estendida bastante longa que por acaso foi mesmo a que vi, demasiado longa diga-se. Dizer desde já que costumo apreciar bastante o trabalho de Zack Snyder neste tipo de filmes, talvez devido ao facto de ao contrário de outros realizadores este demonstrar algum respeito pela Banda Desenhada em geral, no entanto desta vez não foi o caso, as personagens de “Alfred” e “Lex Luthor” por exemplo são um desastre completo e nada tem a ver com as mesmas em formato BD. O filme apesar de entreter é demasiado longo, tem a acção toda na parte final e pretende englobar várias histórias em um só filme (A disputa entre Batman e Superman e o surgimento de Apocalypse) cada uma delas só por si daria para a realização de um filme. A “ovelha negra” (Ben Affleck) mais uma vez a protagonizar um papel que não vai deixar saudades, mas também não estava ai a salvação do filme. Uma menção para a excelente banda sonora de Hans Zimmer como já vem sendo hábito. 

6/10

terça-feira, 26 de julho de 2016

Arcturus - The Sham Mirrors (2002)



Existem algumas bandas que ao longo da história foram influenciando o percurso por vezes demasiado rígido do Metal com álbuns inovadores e que trouxeram lufadas de ar fresco ao estilo mantendo o peso e intensidade.
Um desses álbuns e até à data o que mais rodou na minha aparelhagem, aliou o tal peso e intensidade (com Hellhammer dos Mayhem na bateria) dos anteriores álbuns da banda a uma melodia atmosférica brilhantemente interpretada por uma das grandes vozes do género, o Senhor Trickster G. Rex, aka Garm (Ulver), pelo excelente guitarrista Knut Magne Valle e pelo magistral teclista Sverd (ex-Covenant).
A mudança de paradigma deu-se no álbum anterior com a criação de algumas das melhores músicas dentro do género, mas “The Sham Mirrors” roça a perfeição com 7 músicas que nos transportam para um novo mundo, utilizando uma atmosfera sinfónica, espacial e sobrenatural única.
Dificilmente consigo destacar uma música em relação às restantes, mas os elementos espaciais utilizados na primeira música do álbum,” Kinetic”, o tom mais circense em “Ad Absurdum” recordando-me o bizarro hino do álbum anterior, “The Chaos Path”, o destaque dado à parte instrumental em “Collapse Generation” e principalmente “Star-Crossed” ou a agressividade de Ihsahn (ex-Emperor) em “Radical Cut” permitem-me definir o álbum como uma autêntica obra-prima em 4D.
Como diz o ditado, para quem não está habituado ao estilo musical ou se não estiver in the mood para este tipo de som, primeiro vai estranhar mas assim que se entranhe o complicado vai ser parar de ouvir.

PS: Não é fácil caracterizá-los, mas consegui chegar ao fim sem utilizar o rótulo Avant-garde, hoje em dia muito em voga em muitas das bandas influenciadas por estes lunáticos artistas.

Por: ExtinThor

10/10 

terça-feira, 19 de julho de 2016

Opeth - Blackwater Park (2001)



Primeiro tenho que confessar que acordei tarde, muito tarde para os Opeth, agora bem sei que foi um erro este “adormecimento” mas pelo menos a confissão está feita. “Blackwater Park” é daqueles álbuns que daqui a 50 anos se vão fazer estudos sobre ele, os Opeth são provavelmente a banda que melhor representa a essência do Metal moderno ou pós 2000, se quiserem, e este “BlackWater Park” é na minha opinião a mais clara demostração disso mesmo. Se tecnicamente os Opeth são uma banda intocável o que dizer da sua criatividade, muitas bandas de Metal que por aí pululam demorariam a sua carreira inteira para compor uma única musica do nível de complexidade das músicas produzidas pelos geniais Opeth. “Blackwater Park” é intenso, muito intenso, tem partes calmas que sobem vertiginosamente ao descontrolo e caos sempre guiadas pela voz bipolar do inimitável Akerfeldt. “Blackwater Park” é um hibrido perfeito de paixão e raiva numa jornada pulsante e cativante de criatividade sem limites. A própria música “Blackwater Park” é daquelas músicas intemporais que só são feitas uma vez na vida. 

9.5/10