terça-feira, 14 de junho de 2016

Anomalisa (2015)



Anomalisa é o filme e de facto estava muito curioso sobre este filme, influenciado pelas boas criticas e até uma nomeação para um Óscar. Anomalisa apresentava-se como uma possível boa surpresa de 2015, não o foi no entanto, se em termos técnicos não á nada a apontar, a criatividade do filme ter sido feito em animação mas bastante realista, a banda sonora deveras apropriada e até os efeitos visuais estão imaculados. O grande senão do filme é a sua história, pois sendo ela completamente centrada no personagem principal não há muito a dizer sobre a mesma, um homem de meia-idade com grandes problemas de solidão e arrependimento que vive dentro da sua própria loucura, ora isto por si só dificilmente é argumento para a produção de um filme e desde modo é quase inevitável o mesmo se tornar bastante aborrecido. Em suma um filme sem enredo mas com uma produção bastante conseguida e original.

5.5/10

The Interview (2014)





A dupla já é bastante conhecida James Franco/Seth Rogen e o filme desta vez chama-se The Interview. E de facto mais uma vez se prova que filmes de comédia não me cativam e com esta particular “dupla”, isso ainda se acentua mais, Seth Rogen por exemplo parece-me o caso clássico de um actor muitíssimo sobrevalorizado que em Portugal no máximo chegaria aos Malucos do Riso. A ideia do filme até é interessante e de facto teve o mérito de gerar polémica o que é sempre excelente em termos de publicidade, no entanto como era espectável o filme deixa bastante a desejar, desde o humor fácil e demasiado previsível às interpretações miseráveis também já habituais nesta tipo de filmes. Sim é verdade que é possível soltar uma ou duas gargalhadas em momentos específicos, no entanto The Enterview não deixa de estar está amarrado às pré-formatações dos clichés dos filmes de comédia actuais, é triste perceber a desesperante falta de ideias que paira em Hollywood.

5/10

Spectre (2015)



E continua a “parceria” Sam Mendes/Daniel Craig nesta espécie de “Franchise” cinematográfico. Spectre o mais recente James Bond é um exemplo perfeito da fraquíssima qualidade do cinema Norte-Americano por estes dias. O Filme começa por ter um argumento miserável, sendo que é inteiramente verdade que o argumento dos filmes do James Bond não costumam ser nenhumas pérolas este é particularmente medíocre além de altamente previsível. Praticamente tudo é “plástico” e falso durante todo o filme e a acção é inacreditavelmente aborrecida e despromovida de sentido. Até o sublime Christoph Waltz faz provavelmente o pior papel da sua carreira encarnando o vilão do filme (estará a esta hora possivelmente bastante arrependido de ter aceite o papel). Eu não vou dar uma pontuação ainda pior graças ao já habitual ex-libris dos filmes desta “saga”, o genérico inicial que de facto esta excelente. 

4/10

terça-feira, 7 de junho de 2016

The Witch (2015)



Não é um tipo de filmes de que eu me sinta particularmente à vontade para criticar até porque é muito raro ver filmes de terror. The Witch foi uma excepção, foi  no entanto uma agradável excepção, o filme passa-se em New England de 1630 no auge da feitiçaria, da bruxaria e das possessões. O filme é baseado em varias lendas da altura, com uma história bastante afastada das fórmulas típicas dos filmes de terror modernos, acrescentando assim emotividade e criatividade ao mesmo. Com uma vertente religiosa bastante vincada e com uma razoável dose de thriller psicológico misturado com imprevisibilidade, The Witch é sem dúvida um filme com qualidade acima da média dentro do seu estilo e a prova que ainda há ideias originais (poucas é certo) para conceber um filme de terror digno dessa referência diferente do filme típico em que após os dez minutos iniciais facilmente se prevê o final.

7/10

sábado, 4 de junho de 2016

Combichrist - This Is Where Death Begins (2016)



Os Combichrist tiveram um árduo esforço para manter este novo álbum bem escondido, mas finalmente “This Is Where Death Begins” vê a luz do dia, por assim dizer. Os Combichrist outrora uma das bandas de referencia da vertente Aggrotech/EBM parece ter enveredado mais recentemente pelo Metal Industrial, já tinham tentado isso na banda sonora de DMC com “No Redeption” e também no ultimo álbum “We Love You”. Confesso que estava deveras receoso com este “This Is Where Death Begins” no entanto até fui surpreendido pela positiva, se é a mais absoluta verdade que me parece que o Aggrotech/EBM vai ser sempre o habitat natural da banda e é demasiado óbvia a “colagem” a Rammstein e Ministry, também não deixa de ser verdade que musicas “Don't Care How You Feel About It”, “Blackened Heart”, “Pay To Play” e “Exit Eternity” ficam no ouvido e tem mais que qualidade para superar muita coisa que se vai produzindo por aí neste estilo. Uma “jogada” arriscada por parte dos Combichrist que talvez ao tentarem captar mais ouvintes noutras paragens podem acabar por perder os “seus” aficionados do mais “old school”.

7/10