quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Mayhem - Deamon (2019)


Inacreditavelmente é a primeira “review” aos Mayhem aqui no blog, é caso para dizer que veio a propósito o seu mais recente trabalho “Deamon”. Qualquer tipo de nota introdutória aos Mayhem será sempre demasiado longa para resumir as sui generis ocorrências que já aconteceram à banda, pode-se ainda assim fazer uma inglória tentativa. Os Mayhem são uma espécie de instituição do Black Metal, pioneiros do chamado Trve Norwegian Black Metal e uns dos principais impulsionadores da “second wave of Black Metal”, e que por entre igrejas queimadas, assassinatos e suicídios “sobreviveram” pelo menos para já até 2019. É bastante curioso como uma banda tão emblemática como os Mayhem acaba de lançar apenas o seu sexto álbum de originais, depois do seu lendário e problemático álbum de estreia “De Mysteriis Dom Sathanas” e dos míticos EP’s “Deasthcrush” e “Wolf's Lair Abyss” o massivo hype em torno da banda teve um calculado declínio. Falando de “Deamon” propriamente dito, o álbum vem no seguimento de “Ordo Ad Chao” (2007) e “Esoteric Warfare” (2014) para mim os 2 álbuns mais decepcionantes da banda, “Deamon” no entanto tende a mudar esta tendência, um intencional retorno aos riffs maquiavélicos, crus e demoníacos com claras influências de Thrash Metal e Crust Punk agregados à majestosa e dilacerante voz de Attila e aos imponentes, frenéticos e militarizados ritmos de bateria de Hellhammer fazem de “Deamon” um álbum interessante e impressionante. A este deliberado regresso a um Black Metal mais “old school” não será completamente alheia a composição de “Deamon” ter provavelmente ter sido feita durante a tour comemorativa de “De Mysteriis Dom Sathanas”, contudo são notórios alguns pontuais arranjos de Black Metal mais contemporâneo e sofisticado no álbum. Sendo “Deamon” uma espécie de “bloco” que não se deve dissociar acho no entanto que “Bad Blood” e “Deamon Spawn” merecem um particular destaque. 

7.5/10

Final Space - Season 2 (2019)


Depois da extraordinária Season 1 a série Final Space está de volta. Esta Season 2 prometia ser interessante e reveladora e acabou por não desiludir. Desta feita à nossa já habitual trupe de heróis juntam-se alguns novos e curiosos personagens (Clarence, Ash e Fox) aumentando ainda mais a diversidade da série. A grande novidade de Final Space Season 2 é a constante e tortuosa procura das “dimensional Keys” pelo nosso designado grupo, enfrentando para isso e sem hesitação, estranhos e temerários inimigos. Em Final Space Season 2 as premissas da primeira série continuam intactas embora a parte dramática e de acção tenha desta feita mais realce, nota-se ainda uma meritória evolução na densidade do argumento o que não costuma ser tarefa fácil numa Season 2. Final Space Season 2 carrega os predicados da sua predecessora e por certo não vai desiludir quem já tinha ficado cativado com a Season 1.  

8/10

Evil Genius: The True Story of America's Most Diabolical Bank Heist - Mini-Série (2018)


Continuando no desígnio dos documentários e também tendo como base conversas áudio vou falar agora de “Evil Genius: The True Story of America's Most Diabolical Bank Heist”. Mais uma mini-série documental lançada pela Netlifx, “Evil Genius: The True Story of America's Most Diabolical Bank Heist” começa com um assalto completamente macabro e bizarro onde um individuo (Brian Wells) assalta um banco mas com uma espécie de coleira de explosivos, no entanto já no exterior do banco e cercado pela polícia local, rende-se e balbucia que foi obrigado a assaltar o banco, um começo fantástico e a deixar muita espectativa para o resto da série. Os episódios seguem-se conforme nos vão sendo dados a conhecer os dois perturbadores protagonistas que supostamente estão por trás do planeamento do assalto, Marjorie Diehl-Armstrong uma mulher de meia-idade com graves perturbações psicológicas que tem no entanto invulgares dotes de manipulação e persuasão e Bill Rothstein o seu pseudo amigo e em tempos namorado. “Evil Genius: The True Story of America's Most Diabolical Bank Heist” é um mergulho na América profunda e rural de Erie, Pennsylvania onde se pode encontrar um verdadeiro nicho de personagens com graves perturbações, decadentes e miseráveis. Não fosse a série acerca de factos reais, daria por certo uma soberba série de ficção. 

8/10

sábado, 26 de outubro de 2019

Conversations with a Killer: The Ted Bundy Tapes - Mini-Série (2019)


No perfeito seguimento de Mindhunter e continuando bem imerso no cativante assunto dos serial killers vamos agora falar de uma mini-série documental que tem dado muito que falar ou não fosse ela acerca de um dos mais emblemáticos psicopatas de todos os tempos…o impressionante Ted Bundy. Em “Conversations with a Killer: The Ted Bundy Tapes” é-nos dada a conhecer a parte maiessoal es p intima do infame serial killer, baseada nas famosas conversas áudio gravadas pelo jornalista Stephen Michaud. “Conversations with a Killer: The Ted Bundy Tapes “tem uma incrível profundidade e densidade, decompondo a história de Ted Bundy desde a sua adolescência, passando pelos seus tempos de faculdade até à vida adulta, sempre com o foco nos seus “dotes” de sociopata. “Conversations with a Killer: The Ted Bundy Tapes” destaca também muito em particular o conturbado encarceramento de Ted Bundy, onde as várias fugas e a sua auto representação em tribunal tem distinto interesse. A série explana ainda a grande impreparação, quer do FBI, quer das várias polícias estaduais para lidar com um criminosos deste calibre naquela altura. Uma grande série documental para os aficionados do género. 

7.5/10

The Fanatic (2019)


Ainda no capítulo de nomes fortes da música mais pesada que se viraram para o cinema temos uma estreia, Fred Durst o líder da conhecida banda Limp Bizkit dá aqui início à sua carreira como realizador, com o filme “The Fanatic”. “The Fanatic” tem uma história aparentemente interessante, que consiste na devoção/obsessão de Moose, um homem nos seus 40 com graves problemas mentais e emocionais, pela sua estrela de cinema favorita, um emblemático e conceituado actor de filmes de acção. “The Fanatic” tem um argumento que roça o razoável mas que por si só não chega para o patamar que o filme ambicionava atingir. “The Fanatic” tem várias deficiências, desde logo os paupérrimos personagens “embelezados” com prestações medíocres, contrastando com o soberbo papel de John Travolta como Moose (uma interpretação que merecia sem duvida um filme de outro nível), “The Fanatic” tem ainda o grande senão de ser essencialmente uma (pouco) dissimulada cópia do filme “The Fan” (1996) com Robert de Niro como protagonista, onde, desta feita a obsessão recai sobre um famoso jogador de Baseball. Fred Durst com uma estreia pouco auspiciosa. 

5.5/10