Inacreditavelmente é a primeira “review”
aos Mayhem aqui no blog, é caso para
dizer que veio a propósito o seu mais recente trabalho “Deamon”. Qualquer tipo de nota introdutória aos Mayhem será sempre demasiado longa para
resumir as sui generis ocorrências que já aconteceram à banda, pode-se ainda
assim fazer uma inglória tentativa. Os Mayhem
são uma espécie de instituição do Black
Metal, pioneiros do chamado Trve
Norwegian Black Metal e uns dos principais impulsionadores da “second wave of Black Metal”, e que por
entre igrejas queimadas, assassinatos e suicídios “sobreviveram” pelo menos
para já até 2019. É bastante curioso como uma banda tão emblemática como os Mayhem acaba de lançar apenas o seu
sexto álbum de originais, depois do seu lendário e problemático álbum de
estreia “De Mysteriis Dom Sathanas” e dos míticos EP’s “Deasthcrush” e “Wolf's Lair
Abyss” o massivo hype em torno da banda teve um calculado declínio. Falando
de “Deamon” propriamente dito, o álbum
vem no seguimento de “Ordo Ad Chao” (2007)
e “Esoteric Warfare” (2014) para mim
os 2 álbuns mais decepcionantes da banda, “Deamon”
no entanto tende a mudar esta tendência, um intencional retorno aos riffs maquiavélicos,
crus e demoníacos com claras influências de Thrash Metal e Crust Punk
agregados à majestosa e dilacerante voz de Attila
e aos imponentes, frenéticos e militarizados ritmos de bateria de Hellhammer fazem de “Deamon” um álbum interessante e impressionante.
A este deliberado regresso a um Black
Metal mais “old school” não será
completamente alheia a composição de “Deamon”
ter provavelmente ter sido feita durante a tour comemorativa de “De Mysteriis Dom Sathanas”, contudo são
notórios alguns pontuais arranjos de Black
Metal mais contemporâneo e sofisticado no álbum. Sendo “Deamon” uma espécie de “bloco” que não
se deve dissociar acho no entanto que “Bad
Blood” e “Deamon Spawn” merecem
um particular destaque.
7.5/10
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