segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Shining - Animal (2018)


Esta foi deveras das críticas mais complicadas que tive de escrever aqui no blog, a banda em questão são os enigmáticos e bizarros Shining (Noruega), considerados pioneiros no movimento Jazz Metal onde o seu conceito musical se centra no Black Jazz, um Metal com toques de Jazz ou um Jazz com muitos riffs pelo meio, e que já foi abordada aqui no Espelho Distópico na altura em que saiu “International Black Jazz Society”. Após alguma pesquisa consegui perceber antecipadamente que “International Black Jazz Society” foi o ultimo registo de uma espécie de trilogia conceptual também composta pelos sensacionais “Blackjazz” e “One One One” e que, “Animal” iria ser bastante diferente. Ora pode-se dizer que os Shining cumpriram o prometido, “Animal” é um corte profundo com o passado recente da banda, desde logo porque o sui generis saxofone foi substituído por teclados e sintetizadores. “Animal” é um consciente e sólido passo na direcção do vulgarmente chamado mainstream, os puristas irão destilar raiva e catalogar a banda de “vendidos” como já por tanta vez aconteceu, no meu caso acho que os Shining já brilharam o suficiente para merecerem um análise livre de dogmas e preconceitos ao álbum em questão. “Animal” tem por base um Electrónico muito vincado a fazer lembrar os Pain do aclamado Peter Tägtgren, com uma ligeira infusão de Progressivo e onde a influencia mais saliente será sem dúvida dos “reis do Electrónico” (Depeche Mode). Depois do choque inicial e após várias audições musicas como “Animal”, a orelhuda “When The Lights Go Out” e a brilhante “Smash It Up!” começam a tornar-se apetecíveis e viciantes. “Animal” é um álbum inequivocamente controverso, e partilhando também da opinião que os Shining na sua versão esquizofrénica e inimitável de “Blackjazz” são geniais, ainda assim está longe de ser um álbum banal ou sem qualidade.


7/10

Sem comentários:

Enviar um comentário