Esta foi deveras das críticas
mais complicadas que tive de escrever aqui no blog, a banda em questão são os enigmáticos
e bizarros Shining (Noruega),
considerados pioneiros no movimento Jazz
Metal onde o seu conceito musical se centra no Black Jazz, um Metal com
toques de Jazz ou um Jazz com muitos riffs pelo meio, e que já foi abordada aqui no Espelho Distópico na
altura em que saiu “International Black
Jazz Society”. Após alguma pesquisa consegui perceber antecipadamente que “International Black Jazz Society” foi o
ultimo registo de uma espécie de trilogia conceptual também composta pelos
sensacionais “Blackjazz” e “One One One” e que, “Animal” iria ser bastante diferente. Ora
pode-se dizer que os Shining
cumpriram o prometido, “Animal” é um
corte profundo com o passado recente da banda, desde logo porque o sui generis
saxofone foi substituído por teclados e sintetizadores. “Animal” é um consciente e sólido passo na direcção do vulgarmente
chamado mainstream, os puristas irão
destilar raiva e catalogar a banda de “vendidos” como já por tanta vez
aconteceu, no meu caso acho que os Shining
já brilharam o suficiente para merecerem um análise livre de dogmas e preconceitos
ao álbum em questão. “Animal” tem
por base um Electrónico muito
vincado a fazer lembrar os Pain do aclamado
Peter Tägtgren, com uma ligeira
infusão de Progressivo e onde a influencia mais saliente será sem dúvida dos “reis
do Electrónico” (Depeche Mode). Depois do choque inicial
e após várias audições musicas como “Animal”,
a orelhuda “When The Lights Go Out”
e a brilhante “Smash It Up!” começam
a tornar-se apetecíveis e viciantes. “Animal”
é um álbum inequivocamente controverso, e partilhando também da opinião que os Shining na sua versão esquizofrénica e inimitável
de “Blackjazz” são geniais, ainda
assim está longe de ser um álbum banal ou sem qualidade.
7/10
Sem comentários:
Enviar um comentário