segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Ghost in the Shell (2017)



Hollow-Wood” foi o que li algures numa critica acerca das grandes produções Norte-Americanas e de facto fiquei fascinado como numa expressão se consegue espelhar e de que maneira o que se passa actualmente no cinema “made in Hollywood”. Mais um excelente exemplo disto mesmo pode muito bem ser o “novo” “Ghost In The Shell” inspirado na brilhante história da conhecida e aclamada “Anime” japonesa do mesmo nome, foi por tudo isso criada uma grande espectativa à volta do filme. “Ghost In The Shell” acabou por ser uma previsível decepção quer para os fãs acérrimos do “Anime”, quer para todos os outros possíveis espectadores (onde me incluo). “Ghost In The Shell” resume-se a um filme de acção para as massas onde o drama ético/moral sobre inteligência artificial passa completamente para segundo plano. É bem verdade que os efeitos visuais e a cinematografia do filme são espectaculares mas só isso é pouco. Ainda uma palavra sobre a fraquíssima interpretação de Scarlett Johansson no principal papel mais uma vez a mostrar a sua fraca versatilidade e a dar até a entender que a escolha de papéis com pouca profundidade pode não ser coincidência ou apenas devido ao factor monetário.

6/10


Colossal (2016)



Chega a ser ridículo onde chega o desespero por qualquer tipo de argumento com o mínimo de originalidade. “Colossal” tem sem dúvida um argumento original e incomum ainda assim não passa por isso automaticamente a ser um filme de qualidade. A história assenta no regresso de Gloria [Anne Hathaway] à sua cidade Natal 25 anos depois e após alguns reencontros descobre acidentalmente que num sítio específico de um parque local os seus movimentos são replicados por uma espécie de Godzila em Seoul. Nos papéis principais temos a já referida Anne Hathaway e também Jason Sudeikis ambos com uma performance a roçar o miserável, se bem que os seus personagens pouco cativantes podem ter contribuído também para isso. “Colossal” chega a transparecer que vai apresentar uma profundidade moral no seu final como se o próprio filme fosse uma metáfora mas nada disso, é pura e simplesmente mais um filme medíocre.


5/10

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Trainspotting 2 (2017)



Sequelas depois de mais de duas décadas é para mim um assunto quase tabu no que a cinema diz respeito, pela minha experiencia o resultado é inevitavelmente desastroso, no entanto por vezes pode haver uma excepção. Falo de “Trainspotting 2” precisamente 21 anos depois do seu predecessor, o filme alem de garantir a presença dos quatro protagonistas do primeiro é também mais uma vez autoria de Danny Boyle o que pode em parte explicar a qualidade do mesmo. Depois desta longa pausa é de facto estranho e delicioso quando a meio do filme já estamos completamente embrenhados no “universo” “Trainspotting”. Seria quase impossível e até bizarro dizer que “Trainspotting 2”supera o primeiro mas que tem grande qualidade e fecha a história de uma maneira aceitável e conclusiva é inegável.

7/10



sexta-feira, 21 de julho de 2017

Stone Sour - Hydrograd (2017)



Depois de em 2016 os Slipknot voltarem em grande estilo, desta vez Corey Taylor está aí de novo mas com os seus Stone Sour. “Hydrograd” é já o sexto álbum de originais da banda e depois de os últimos 2 álbuns serem uma espécie de conceito único e muito personalizado de Corey Taylor, desta vez o álbum é “cozinhado” numa perspectiva mais “clássica” como na fase inicial da banda. “Hydrograd” não é porem um grande álbum, as características estão lá todas de facto…o Rock Alternativo a roçar o Nu-Metal com as já célebres variações de voz do seu fundador (Taylor) mas faltam músicas mais densas e com outro tipo de profundidade. Fica mais uma vez a sensação que sem Corey os Stone Sour dificilmente se destacariam no seu meio musical. Ainda assim “Hydrograd” tem uma excelente sequência inicial, com “Taipei Person/Allah Tea”, “Knievel Has Landed” e “Fabuless”, pena é a qualidade do álbum diminuir bastante dai para a frente. 

6.5/10

sábado, 1 de julho de 2017

The Monolith Deathcult - Versus I (2017)



A minha ultima descoberta são precisamente estes The Monolith Deathcult que lançaram no passado dia 19 de Maio o seu ultimo álbum de seu nome “Versus I”. The Monolith Deathcult é uma banda surpreendente, porque se na sua essência está vincado o Death Metal, as influências são variadíssimas e improváveis o que torna cada álbum numa descoberta para o ouvinte e até no mesmo álbum pode haver uma diferença substancial entre faixas, como se pode comprovar facilmente em “Trivmvirate” e “Tetragrammaton”. Em “Versus I” é por demais notória a aposta no industrial intercalado por vezes com partes sinfónicas. Uma bateria verdadeiramente demolidora e uma “industrialização” do seu Death Metal de origem são as verdadeiras imagens de marca deste “Versus I”, um álbum que vai deixar a fasquia bem alta para os melhores de 2017. “The Furious Gods”, “Die Glocke” e “Seven Months Of Mysticum” são simplesmente divinais. 

8.5/10