sábado, 24 de fevereiro de 2024

Poor Things (2023)

Com onze nomeações aos Óscares da Academia ‘Poor Things’ ganhou um estatuto cinematográfico importante no ano transacto. Realizado pelo ilustre desconhecido Yorgos Lanthimos (creditado pela autoria do bizarro ‘The Lobster’), ‘Poor Things’ é também ele bastante atípico e excêntrico. A história de ‘Poor Things’ gira essencialmente em torno da vida de Bella Baxter/Emma Stone, uma jovem que depois de ser dada como morta “ressuscitou” através de um agoniante transplante de cérebro proveniente da filha da qual ela estava grávida. A primeira parte centra-se no desenvolvimento infantil de Bella num ambiente Noir caracterizado pela imagem a tons de preto e branco fazendo lembrar o icónico ‘Edward Scissorhands’. ‘Poor Things’ “ganha cor” nas quatro partes seguintes onde Bella vai-se descobrindo a si própria ao mesmo tempo que embarca numa viagem com paragens em Lisboa, Alexandria e Paris para finalmente regressar a casa (Londres) para junto do seu noivo Max McCandles/Ramy Youssef e do seu “criador”, o cientista/cirurgião Godwin Baxter/Willem Dafoe que Bella reconhece como seu pai. Destaque para a participação da fadista portuguesa Carminho no segmento passado em Lisboa, uma lisboa de tamanho reduzido quase claustrofóbica com uma atmosfera surrealista que podia ter sido extraída do imaginário de Tim Burton, atmosfera essa que se replica nos trechos desenrolados em Alexandria e Paris. Tenho de destacar a formidável e exigente performance de Emma Stone tal como as contundentes interpretações de, Dafoe e Mark Ruffalo na pele de Duncan Wedderburn o amante e companheiro de viagem de Bella.

7.5/10 

[Trailer]

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