segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Arcturus - Arcturian (2015)



Mais uma banda de culto de volta em 2015, os Arcturus. Outrora lançaram as bases do que viria a ser conhecido com o “Black Metal Avant-garde”. Este ano dão a conhecer o seu mais recente trabalho “Arcturian”. Os Arcturus são uma banda que sempre deu primazia à melodia, à leveza de um som límpido e teatral, por vezes alternado com a rapidez do Black Metal mas sempre com a excelência do teclado a marcar o ritmo. “Arcturian” não foge ao estilo habitual da banda agora com ICS Vortex aos comandos sendo a novidade a componente electrónica muito presente neste álbum, algo não muito comum nos Arcturus mas que até deu uma nova vivacidade e originalidade ao seu som característico, mais um comprovativo de que os Arcturus não são uma banda amarrada aos sucessos do passado e que nunca tem “medo” de arriscar. 

7.5/10

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Dodheimsgard - A Umbra Omega (2015)



Qualquer semelhança com os Tool é pura coincidência, pois é o ultimo álbum dos Dodheimsgard já foi há 8 anos atras. Muito se poderia dizer sobre esta banda…pioneiros do chamado Black Metal Avant-Garde são de facto uma banda completamente à parte de todo o espectro Black Metal e talvez até do próprio Metal, precisamente por isso “A Umbra Omega” era sem dúvida dos álbuns que mais ansiosamente esperava em 2015, depois do genial/divinal/fantástico/sublime “Supervillain Outcast” tudo poderia acontecer, mas dificilmente os Dodheimsgard se conseguiriam superar. “A Umbra Omega” é um álbum “difícil” (á falta de melhor descrição), só depois aí de umas 30 e tal audições cheguei á conclusão que até é um bom álbum, ainda mais Avant-Garde e mais cru que os seus sucessores e até com laivos de “filme de David Lynch” que causam uma sensação de profunda estranheza mesmo considerando a banda em questão. O álbum peca no entanto por ter as músicas demasiado longas, tornando-se ligeiramente aborrecido por vezes. Ainda assim continua a ser uma das minhas bandas de eleição.

7/10

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Enslaved - In Times (2015)



2015 Marca também o regresso dos Enslaved. Não é nada fácil descrever esta banda, nascidos na “fornalha” do Black Metal Norueguês os Enslaved evoluíram (e muito) para uma espécie de Black/Folk Metal Progressivo e tornaram-se ao longo dos últimos 5 álbuns numa das melhores senão mesmo a melhor banda de Metal actualmente. Os Enslaved têm um som inimitável por vezes acelerado outras vezes mais lento, uma técnica brilhante e um vocalista que consegue na perfeição a utilização da sua voz límpida ou gutural conforme o que pede na altura a música. “In Times” é o mais recente álbum da banda e bem que se é verdade que “RITTIR” é provavelmente melhor, chegamos a um ponto em que os Enslaved parece que não conseguem fazer álbuns medíocres mesmo que tentem, parece que tudo lhes sai bem e que enquanto inúmeras bandas tem uma dificuldade absurda para apresentarem nem que seja uma réstia de originalidade, os Enslaved parece que tem originalidade que sobre e fazem parecer que até nem é difícil ser-se original. Em suma “In Times” é sem qualquer tipo de dúvida, um dos álbuns imperdíveis de 2015. 

8/10

Lamb Of God - VII: Sturm Und Drang (2015)



Os Lamb Of God são neste momento uma espécie de oásis no gigantesco mundo da musica mais pesada norte americana, longe da desmultiplicação de bandas de Metalcore e Deathcore e fugindo à nova “onda” revivalista do Thrash Metal os Lamb Of God continuam a sua jornada alheios a tudo isto. Depois de um ligeiro decréscimo de qualidade nos 2 últimos álbuns “VII: Sturm Und Drang” volta a trazer os Lamb Of God para patamares superiores. Sem nunca perderem a sua identidade, continuam com o seu Thrash moderno e “rasgado”, carregado de técnica e groove, desprezando o progressivo (para isso existem outro tipo de bandas). A sensacional “Overlord” (com uma indisfarçável influência de Alice In Chains) vai futuramente sem dúvida pertencer aos clássicos da banda e o único ponto negativo do álbum é mesmo talvez a falta de mais uma ou duas músicas desta categoria. Destaque ainda para a participação especial de Chino Moreno em "Embers"

7.5/10

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Slipknot - 5: The Gray Chapter (2014)



Os Slipknot são sem dúvida uma banda a que ninguém fica indiferente. Amada pelas gerações que acompanharam o “boom” do “Nu-Metal” e odiada pelos metálicos mais old-school. Para mim nos “bastidores” da parafernália das máscaras, dos fatos, dos elementos “extra”, há sem dúvida música com qualidade, dizer o contrário seria mera hipocrisia. Este quinto álbum chega no êxtase de turbulência da banda, muitos projectos paralelos dos seus principais elementos (Stone Sour, Scar The Martyr etc.), a saída do baterista Joey Jordison e o desaparecimento (R.I.P.) do seu baixista Paul Gray, por todas essas razões eu presumi que “All Hope Is Gone” iria ser o último álbum da banda, no entanto estava enganado. Este “5: The Gray Chapter” (uma clara alusão a Paul Gray) provou vir a ser uma das boas surpresas de 2014, não é um álbum consensual nem que fique no ouvido à primeira audição…longe disso mas não deixa de ser um álbum bastante conseguido. Há de tudo um pouco, desde as músicas mais directas (típicas da banda) como “Lech” e “Custer” às mais melódicas como “Override” e “The One That Kills The Least” e á profundidade de “The Negative One”. Pode-se dizer que a dificílima mudança de baterista foi um sucesso e que os Slipknot sobreviveram á anunciada “morte” do Nu-Metal com distinção.
   
7.5/10