sábado, 10 de setembro de 2016

W. A. K. O. - The Road of Awareness (2011)



Sem exageros posso afirmar que os W.A.K. O. são uma das mais promissoras e interessantes bandas portuguesas. “The Road of Awareness” remonta já a 2011 e é o segundo álbum da banda, declarando as suas influências sem nenhuma intimidação e explanando o seu som algures entre o Thrash Metal moderno (Lamb Of God) e o Death Metal e até umas nuances de Djent. Este segundo álbum falta o factor surpresa do primeiro é certo mas parece ter sido concebido com mais critério e para ser assimilado devagar, quando a estreia é estonteante como foi o caso dos W.A. K. O. torna-se bastante difícil superar as espectativas criadas. O senão deste “The Road of Awareness” é na minha opinião o menor fulgor do Thrash carregado de Groove que tanto impressionou em “Deconstructive Essence” pois se indubitavelmente este álbum é tecnicamente mais apurado perde em termos irreverencia quando comparado com o álbum de estreia. Uma banda que tem tudo para uma carreira consistente e em crescendo.

7/10

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Sinsaenum - Echoes of the Tortured (2016)




O verão costuma ser “tímido” em novidades musicais interessantes, diz a norma que se empurre os lançamentos de álbuns lá para Setembro/Outubro e aí sim vão começar a “chover” novidades. Ainda assim já em pleno agosto os Sinsaenum lançaram o seu novo álbum intitulado “Echoes of the Tortured”, um álbum assente no muito popular e bem aceite Blackened Death Metal, mais uma das múltiplas vertentes do Death Metal actual, as ramificações começam a ser difíceis de acompanhar. “Echoes of the Tortured” tem uma produção invejável com uns riffs sujos de Black Metal mas transformados em Death, no entanto a monotonia vai crescendo a cada audição, faltam músicas de destaque, falta inovação falta uma característica marcante que defina estes Sinsaenum. Também não concordo com a abordagem de haver uma intro antes de cada música ficando o álbum com 21 faixas, na minha opinião é mais um factor a contribuir para a monotonia deste “Echoes of the Tortured”. 

6.5/10

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Meshuggah - Obzen (2008)



Uma banda à parte sem duvida, falo dos Meshuggah que para muita gente pode ser um banda já “old school” mas não é o meu caso. Os Meshuggah são uma banda com uma estrutura musical do mais complexo possível, mais uma prova disso é este “Obzen” parece que pegaram no Progressivo e o transformaram num caos controlado. Em “Obzen” mais uma vez se assiste a um desfile de como saber temporizar como ninguém a composição musical, uma técnica invejada e invejável, um peso brutal em cada riff a provar que a velocidade não é sinónimo de peso. Os Meshuggah neste álbum continuam a sua carreira de costas voltadas para tudo o que é “trendy”, se por esta altura o Math/Djent não o era, já o vão sendo por estes dias fazendo passar a ideia que os Meshuggah serão sempre “Leaders” e não “Followers”. Destaque para as fantásticas “Bleed”, “Lethargica” e o tema título “Obzen”, verdadeiras bombas de peso e técnica. 

7.5/10

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Captain America: Civil War (2016)



Pululam e de que maneira os filmes baseados em Comics por estes dias, um dos mais recentes é este Captain America: Civil War. Como já tinha referido em posts anteriores sou fan de Banda Desenhada e em particular dos Vingadores portanto estou perfeitamente à vontade para criticar este tipo de filmes. Captain America: Civil War é já o terceiro filme do Captain America e decididamente o melhor dos 3, mas desengane-se quem pensa que só por isso o filme é algo de extraordinário porque não o é. Em Captain America: Civil War a acção é constante e estonteante, para quem tinha saudades de um filme com overdose de acção á moda antiga não vai ficar desiludido com certeza, já em contrapartida quem é fiel leitor de Banda Desenhada como eu já deve por esta altura estar saturado dos atropelos constantes, desprestigiantes e quase desrespeitosos às histórias da BD. Desde o uniforme ridículo do Vision, ao poder estapafúrdio de Wanda a lista é extensa e dolorosa. Caros amigos de Hollywood, não, não é possível reduzir mais de 50 anos de histórias de BD a meia dúzia de filmes por muito que tentem.

6/10

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Now You See Me 2 (2016)



A história de um filme que afinal não era filme nenhum. Now You See Me 2 é a sequela natural de Now You See Me…e que má decisão foi a de se fazer uma sequela, mas como em muitas outras vertentes o dinheiro fala mais alto. Now You See Me 2 é um filme do mais básico que tenho visto em cinema, a história não obedece a qualquer tipo de logica as personagens são fraquíssimas e desinteressantes e a realização parece ter sido feita assente em efeitos visuais com muita luz e cor para encobrir tudo isto. O filme parece ter sido feito num pressuposto que não é preciso explicar nada do que vai acontecendo, acontecem coisas apenas porque sim e as suas consequências são nulas. Enfim até a crítica ao filme é possível que seja enfadonha pois é o reflexo do mesmo. Um sucessão de clichés numa longa-metragem sobre coisa nenhuma e sem sentido…enfim um verdadeiro acidente cinematográfico. O mais curioso é que Now You See Me até tinha sido razoável. 

5/10