sábado, 24 de outubro de 2020

Benighted - Insane Cephalic Production (2004)

Corria o ano de 2004 quando os franceses Benighted lançavam o seu terceiro álbum de originais ‘Insane Cephalic Production’, e foi precisamente em ‘Insane Cephalic Production’ que a banda estabilizou a sua identidade musical tal como a conhecemos hoje e amplamente explorada logo nos álbuns que se seguiram ‘Identisick’ e ‘Icon’. Por incrível que pareça os extraordinários Benighted andaram musicalmente perdidos nos seus dois primeiros álbuns, numa vulgar mistura de Death Metal com Black Metal onde a criatividade aparentava estar adormecida apesar das reconhecidas capacidades técnicas da banda já serem notórias. Em ‘Insane Cephalic Production’ tudo mudou em definitivo, a banda entregou-se por completo a um Brutal Death Metal dinâmico e contundente, onde a insana bateria dava robustez aos riffs com inspiração de Grindcore comtemplados pelos esporádicos “pig squeals” de Julien "Truch" Truchan. A reacção a ‘Insane Cephalic Production’ foi de tal maneira conclusiva que a banda percebeu de imediato que tinha conquistado o seu lugar na música mais pesada. Destaque para as faixas ‘Foetus’, ‘Perpetual Cannibalism’ e o tema titulo ‘Insane Cephalic Production’. 

7.5/10

[Sample]

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Cancer Bats - Birthing The Giant (2006)

Não muito longe dos Estados Unidos mais precisamente em Toronto, oito anos depois faziam a sua estreia os Canadienses Cancer Bats com o álbum ‘Birthing The Giant’. De maneira muito madrugadora os Cancer Bats definiram as suas sonoridades, uma atitude claramente Punk intensificada pela explosividade do Hardcore Punk e a técnica do Southern Rock, a banda que mantem a mesma formação desde 2007 é distinguida pela sua estabilidade e perseverança. ‘Birthing The Giant’ é um álbum que aposta essencialmente numa fórmula onde os velozes riffs são intercalados por trechos carregados de um excêntrico Groove encabeçados pela estridente e febril voz do carismático Liam Cormier. Apesar da reconhecida coerência sonora da banda ‘Birthing The Giant’ é possivelmente o álbum dos Cancer Bats onde o Punk Rock teve mais evidência, tendo progressivamente vindo a perder mais espaço para as suas demais influências. Destaque para as faixas ‘Shillelagh’, ‘Firecrack This’ e ‘Pneumonia Hawk’. ‘Birthing The Giant’ é um incrível cartão-de-visita para o que tem vindo a ser a estável e compacta carreira dos Cancer Bats

7.5/10

[Sample] 

Pig Destroyer - Explosions in Ward 6 (1998)

Na sequência do acompanhamento das carreiras de várias bandas que tem acontecido aqui no Blog em sentido inverso, isto é, do álbum mais recente para o mais antigo, vamo-nos debruçar sobre os álbuns de estreia de duas bandas começando pelo ‘Explosions in Ward 6’ dos Norte-Americanos Pig Destroyer. Formados em 1997 pelo vocalista J.R. Hayes o guitarrista Scott Hull e o baterista Brian Evans, os Pig Destroyer decidem em 1998 exprimir toda a sua raiva acumulada (contra os porcos?) em ‘Explosions in Ward 6’ numa condensada e instável bomba relógio inferior a 20 minutos. ‘Explosions in Ward 6’ não será com certeza o melhor álbum da banda pois o seu característico Grindcore estava por esta altura no seu estado mais primitivo e cru desprezando ainda quaisquer influências talvez com a excepção do Punk Hardcore, também a áspera produção deixa muito a desejar dando uma envolvência ainda mais arcaica ao álbum. É no entanto inegável a extraordinária e progressiva evolução musical da banda desde este ‘Explosions in Ward 6’ ao até mais recente ‘Head Cage’. 

7/10

[Sample] 

The Boys - Season 2 (2020)

Depois do grande impacto da primeira série, The Boys está de volta para a segunda. Ao contrário do que parece ser a opinião generalizada da crítica especializada eu penso que esta segunda série supera a sua antecessora. Sendo verdade que desta vez já não existe o substancial factor surpresa da Season 1, quase todos as personagens tem uma evolução significativa e interessante com o decorrer dos episódios, simultaneamente com uma generosa dose de importantes e envolventes novos personagens tais como: Stormfront, Becca Butcher, Lamplighter ou Stan Edgar (Giancarlo Esposito, o icónico Gus Fring de Breaking Bad) só para citar os principais. Também o argumento desta Season 2 parece estar mais refinando, pois apesar da procrastinação no desenvolvimento da história nos dois episódios iniciais a partir do 3º Episódio isso altera-se em definitivo havendo uma célere e progressiva evolução da história a cada episódio. O meu reparo à série continua a ser o mesmo do que na Season 1, o despropositado e excessivo gore, talvez em jeito de provocação à ridícula política anti violência explícita da imperial e monopolizadora Disney, no entanto penso que continua a contribuir para uma perda de maturidade na série. Um especial destaque mais uma vez para a excelência da interpretação de Karl Urban (Billy Butcher) para mim o grande ícone de The Boys

7/10

[Trailer] 

sábado, 10 de outubro de 2020

Espelho Distópico - 5 Anos depois.


Parece que foi ontem mas afinal já lá vão 5 anos, deixou para mim de fazer sentido assinalar o aniversário do Espelho Distópico anualmente, no entanto a marca de cinco anos já representa uma assinalável longevidade. Começou a 10 de Outubro de 2015 e já leva 577 posts e uma remodelação de layout, além disso posso afirmar com uma responsável certeza que este ano vai ser batido o recorde de número de posts anual o que cimenta ainda mais o sustentado e progressivo crescimento do Blog. Posso também adiantar que vai haver uma pequena supressa no final de 2020 aqui no Blog e que provavelmente não vai ser um acontecimento único. Despeço-me com o habitual e sincero agradecimento a todos que de algum modo tem acompanhado o Espelho Distópico quer apenas como leitores ou até mesmo como promotores da sua divulgação, e lembrar que a porta está sempre aberta para sugestões, participações ou críticas. Um muito obrigado a todos espero voltar a assinalar a data em 2025.