A carreira dos Soufly é sem dúvida uma excelente métrica para explicar como o tempo passa rápido, parece que foi ontem que o lendário vocalista Max Cavalera abandonou os Sepultura contudo os seus Soulfly já atingiram a respeitável marca dos 25 anos de carreira. Uma das coisas que tem pautado a carreira da banda é a regularidade no lançamento de álbuns portanto três anos depois de ‘Totem’ aí está o seu décimo terceiro de originais ‘Chama’. Os Soulfly agora oficialmente compostos apenas por Max, o seu filho Zyon na bateria e Mike DeLeon na guitarra mostram que ‘Chama’ tem indubitavelmente uma “chama” revivalista, e não é um revivalismo do tribalismo que marcou com impacto as sonoridades primordiais da banda mas sim um revivalismo do Thrash cru, violento e intempestivo da fase mais emblemática dos Sepultura (‘Arise’ e ‘Chaos A.D.’). Talvez inspirado pelas consecutivas tours temáticas desses mesmos álbuns com o seu irmão Igor (Cavalera Conspiracy) Max tem progressivamente injectado mais Thrash em detrimento da vertente mais tribal em cada novo álbum de Soulfly. Outra diferença que já se vinha a notar em álbuns anteriores mas que em ‘Chama’ se acentua é que o Groove Thrash também tem vindo a perder terreno para uma abordagem com Thrash mais tradicional (vamos dizer assim), temas como a supersónica ‘Ghenna’ ou a formidável ‘Favela / Dystopia’ comprovam-no todavia ‘Chama’ ainda contem faixas altamente representativas das sonoridades “clássicas” da banda como ‘Storm The Gates’ou ‘Always Was, Always Will Be...’ (o nome acaba por ser auto-explicativo).
7.5/10




