Depois da desilusão que foi ‘Predators’ (2010) e da verdadeira aberração cinematográfica de ‘The Predator’ (2018) impunha-se uma abordagem completamente diferente no regresso ao conhecido franchise, pois bem Dan Trachtenberg foi o realizador incumbido de efectuar essa difícil tarefa. Com uma produção inteiramente “made in” Hulu ‘Prey’ transporta-nos para o seio de uma tribo da Nação Comanche cerca de 300 anos antes dos acontecimentos do primeiro filme do franchise, ‘Predator’ (1987) protagonizado pelo lendário Arnold Schwarzenegger, e em termos de ambiente existem de facto pontos coincidentes pois ambos os filmes ocorrem numa atmosfera selvagem de mato e floresta. Em termos de história ‘Prey’ envereda pela opção da simplicidade, lançando o foco em Naru, uma jovem Comanche que está à beira de conseguir realizar a sua grande ambição, ganhar o título de caçadora na sua tribo, contudo tem de passar por uma espécie de baptismo de fogo. ‘Prey’ tem a particularidade de se preocupar com o pormenor, chegando ao ponto da língua utilizada no filme ser a nativa da altura em vez do Inglês. Outro ponto bastante positivo do filme é a sua cadência, além da excelência da produção, as sequências de acção estão muito bem dispersas pelo filme. Em sentido oposto a grande contrariedade de ‘Prey’ acaba por ser a ausência de capacidade empática da sua protagonista Naru/Amber Midthunder que não tem de facto o “peso gravitacional” exigível a uma personagem principal num filme com estas características.
6.5/10
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