Espero que se torne óbvio para toda a gente depois
deste post que não é nada mas mesmo
nada inocente a “chuva” de posts
sobre cinema aqui no “Espelho Distópico”
nos últimos tempos, pois faz hoje precisamente uma semana e um dia que se
realizou mais uma cerimónia da entrega dos Óscares
de Hollywood que já vai na edição
88. Com o máximo de sinceridade digo desde já que muita pena minha não consegui
acompanhar a cerimónia até ao final como é hábito e que não me vou prenunciar
sobre os óscares de documentários; animação; bandas
sonora/musica e filmes estrangeiros
pois ainda não vi quase nada nestas categorias (não costumo comentar o que não
conheço também não vai ser desta vez).
Nos Óscares
vulgarmente descritos como técnicos
houve um verdadeiro assalto de Mad Max:Fury Road a conseguir nada mais, nada menos do que 6 Óscares e logo no início da noite ficava patente que já mais nenhum
filme iria chegar a este número de estatuetas. Melhor guarda-roupa; melhor
edição; melhor edição de som; melhor maquilhagem; melhor direcção artística e
melhor mistura de som foram os Óscares
arrebatados por Mad Max: Fury Road
só ficando a faltar o Óscar de melhores
efeitos visuais entregue com alguma surpresa a Ex Machina e o de melhor Cinematografia
que seria o Primeiro Óscar da noite
para The Revenant (o único filme com
mais nomeações do que Mad Max: Fury Road)
nas categorias técnicas.
Nos Óscares dos argumentos (original e
adaptado) não houve surpresas, acho que foram entregues com toda a justiça
a Spotlight (original) e The Big Short (adaptado) curiosamente
os dois filmes que mais gostei de 2015.
E nas categorias de interpretação,
que até tiveram direito a boicote e tudo devido à ausência de actores/actrizes Afro-Americanos entre
os nomeados, para mim a grande injustiça da noite na atribuição do Óscar de melhor actor secundário a Mark Rylance em Bridge Of Spies quando no meu ponto de vista foi claríssimo que a interpretação
de Mark Ruffalo em Spotlight era de entre os nomeados a
que merecia a estatueta. No prémio para melhor actriz secundária a vitória de Alicia Vikander (The Danish Girl) pode-se considerar justa mas era igualmente justa
se fosse atribuída a Jennifer Jason
Leigh (The Hateful Eight) na minha opinião. Nos papéis principais se o de melhor
actriz principal parece-me unanime na escolha de Brie Larson em Room o de
melhor actor principal era sem dúvida o momento mais aguardado da noite…toda
mas toda a gente queria saber se era desta que DiCaprio levava a tão desejada estatueta para casa pelo seu papel em The Revenant e foi mesmo. É na minha opinião demasiado óbvio que Leonardo DiCaprio nunca vai ser um
actor de topo que foi facilmente “batido” mesmo nesta edição dos Óscares pelo papel de Eddie Redmayne (The Danish Girl) no
entanto a academia nunca iria atribuir 2 Óscares
consecutivos ao mesmo actor (penso
que seria até inédito). E para os grandes defensores que Leonardo DiCaprio já merecia um Óscar há algum tempo espero que alarguem esse sentimento de
injustiça a Edward Norton, Jonnhy Deep ou Brad Pitt só para citar alguns actores com mais talento que DiCaprio.
Nas duas principais
categorias (melhor realizador e melhor
filme) o destaque vai para Alejandro
G. Iñárritu com The Revenant a
arrecadar o seu segundo Óscar
consecutivo na categoria de melhor realizador e a apresentar-se mais uma vez
como um dos maiores talentos de Hollywood
nesta área. O prémio de melhor de filme
recaiu sobre Spotlight e com justiça,
embora eu pessoalmente tenha gostado ainda um pouco mais de The Big Short.
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