É inegável a tendência cada vez
mais acentuada para o surgimento de filmes biográficos, desta vez o filme é
questão intitula-se “At Eternity's Gate”
e incide sobre o sobejamente famoso e influente pintor Vincent van Gogh um dos ícones do movimento artístico Pós-impressionismo. “At Eternity's Gate” é um filme estranho
e demasiado aleatório, o filme tem de facto uma cinematografia de excelência
tal como o recente “Roma”, mas
parece-me ser talvez o único ponto realmente positivo do filme. “At Eternity's Gate” assenta nos últimos
anos de vida de Van Gogh e ao querer
dar uma visão artística e delirante do artista acho que entra numa longa
espiral de tédio e irracionalidade, as várias filmagens com uma espécie de câmara
de vídeo, as longas sequências de filmagem com câmara fixa e os absurdos e terríveis
diálogos dão para isso um decisivo contributo. Willem Dafoe (um actor que até aprecio particularmente) que até
me pareceu um boa escolha para o papel principal, mas nem ele tem uma
performance de encher o olho. “At
Eternity's Gate” parece-me a mim um filme demasiado pretensioso onde o foco
aparenta ser a demência do famoso pintor em vez da explanação da sua arte, é incomparavelmente
mais enriquecedor visitar o museu em sua homenagem do que ver o filme em
questão.
6/10
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