Anya Taylor-Joy, a jovem actriz que saiu em definitivo do anonimato depois da sua importante participação em ‘Split’ e voltou e estar em evidência mais recentemente em ‘The New Mutants’ é a estrela de uma das últimas apostas da Netflix em termos de séries, falo da mini-série ‘The Queen's Gambit’. Anya Taylor-Joy na pele de Elisabeth Harmon elevou e de que maneira a sua capacidade de interpretação em comparação com os seus anteriores papéis, factor que se veio a revelar decisivo para o sucesso de ‘The Queen's Gambit’. ‘The Queen's Gambit’ é uma série dramática passada nos anos 60 sobre a vida de Beth Harmon, desde a sua trágica infância onde precocemente descobre não só o seu interesse pelo Xadrez como o seu invulgar e excelso talento natural para jogar o jogo, a mini-série conta apenas com sete episódios onde o foco vai sendo a evolução de Beth até ao topo do Xadrez mundial não descurando os acontecimentos da sua vida pessoal e de que modo eles vão influenciado a formação da sua personalidade. Não sendo o interesse pelo jogo de Xadrez um factor decisivo para se apreciar ‘The Queen's Gambit’, destaco ainda assim a participação não só do famoso professor de Xadrez Bruce Pandolfini com também do ex-campeão do mundo da modalidade o lendário Garry Kasparov como consultores, ambos decisivos na credibilidade e autenticidade dos jogos que vão aparecendo na série. ‘The Queen's Gambit’ aborda também, tal como ‘Pawn Sacrifice’ e ainda que seja de forma mais ligeira, o histórico conflito entre os U.S.A e a União Soviética a que nem o Xadrez foi imune, no entanto e ao contrário do filme desta vez a perspectiva parece-me mais imparcial, deixando mesmo ficar a sensação de que existia um maior respeito pela modalidade do lado Soviético.
7.5/10
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