domingo, 2 de maio de 2021

Judas and the Black Messiah (2020)

Um dos filmes com mais destaque nos nomeados para os Óscares com um total de seis nomeações embora duas sejam na mesma categoria é ‘Judas and the Black Messiah’. ‘Judas and the Black Messiah’ transporta-nos para uma cidade de Chicago a ferro e fogo nos finais dos anos 60 e logo aí se pode estabelecer um paralelismo cronológico e político com ‘The Trial of the Chicago 7’, é também nesta altura que o chamado Black Panther Party começa a ganhar grande relevância política e social essencialmente às custas do seu carismático e apaixonado líder revolucionário Fred Hampton interpretado de maneira magistral por Daniel Kaluuya, na defesa acérrima dos direitos fundamentais dos Afro-Americanos, enquanto no extremo oposto, o Governo liderado na altura pelo irrascível Nixon usava as forças policiais inclusive o próprio F.B.I. para tentar erradicar este mesmo partido ao mesmo tempo que fazia uma suja campanha na tentativa de tentar rotular o Black Panther Party de grupo terrorista. Uma das personagens chave de ‘Judas and the Black Messiah’ é Bill O’Neal/LaKeith Stanfield que depois de ter sido apanhado pela polícia pelo crime de roubo de automóveis se vê obrigado a “trabalhar” com o F.B.I. na qualidade de “agente infiltrado” dentro do Black Panther Party. ‘Judas and the Black Messiah’ não é um filme biográfico e penso que funciona muito melhor desta maneira mantendo o foco na importância do Black Panther Party na altura e no protagonismo de Fred Hampton no mesmo. Além do óbvio destaque para o excelente timing do filme pois se há assunto que tem estado em particular evidência dos Estados Unidos é precisamente a situação das agressões policiais sobre afro-Americanos, tenho também de referir a excelência das interpretações de LaKeith Stanfield e Daniel Kaluuya uma dupla que tão bem já tinha funcionado no surpreendente thriller de terror ‘Get Out’.

7/10

[Trailer] 

 

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