Os Code são para mim, a par dos seus conterrâneos Voices um dos mais interessantes e criativos projectos musicais oriundos da Inglaterra no pós 2000, a banda que está à beira de atingir a importante marca dos 20 anos acaba de lançar o seu quinto álbum de originais ‘Flyblown Prince’. Foi em 2002 quando os inconformados e engenhosos Andrews McIvor/Aort e Mathew McNerney/Kvohst (Dødheimsgard, Decrepit Spectre e Seth) decidiram destabilizar as fundações do Black Metal com uma inovadora e original abordagem a este infame subgénero que nasceram os Code, três anos mais tarde a banda fez a sua estreia com o bombástico ‘Nouveau Gloaming’. A chegada do Norueguês Yusaf Parvez/Vicotnik (Dødheimsgard) aos Code foi também ela importante para a incorporação de influências do vil Black Metal Norueguês acoplado à mistura entre Black Metal, Progressivo e Black Avant-Garde original da banda. No entanto depois de um promissor inicio, os Code optaram por uma progressiva “suavização” das suas sonoridades culminando no seu último álbum ‘Mut’, nessa altura o caminho parecia estar irremediavelmente traçado para um Metal Progressivo com claras influências de Procupine Tree e Riverside e eis que seis anos mais tarde, quando nada o fazia prever a banda volta a surpreender com ‘Flyblown Prince’. ‘Flyblown Prince’ é uma espécie de ponto critico de equilíbrio de tudo os que os Code de melhor sabem fazer, uma ponderada e aglutinadora combinação entre Progressivo e Black Metal com ténues mas imprescindíveis influências de um Black Avant-Garde e Post-Black Metal. Riffs com uma elegância e emotividade agregados a uma sublime alternância de vocalizações fazem de ‘Flyblown Prince’ o melhor álbum de Black Metal de 2021 até ao momento.
8.5/10
Sem comentários:
Enviar um comentário